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Rússia quer armas químicas sírias sob controlo internacional

09 set, 2013 - 16:05

Proposta de Moscovo está a ser avaliada pelo regime de Bashar al-Assad e poderá ser a última hipótese de evitar um conflito na Síria.

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A Rússia promete fazer pressão para que a Síria ponha todo o arsenal químico sob controlo da comunidade internacional. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros disse esta segunda-feira que avançará neste sentido se isso evitar confrontos militares.

Serguei Lavrov revelou que já teve uma conversa com o seu homólogo sírio sobre esta matéria e que neste momento a Rússia está à espera de uma “resposta rápida e positiva”.

Estas declarações vão ao encontro do que disse já esta segunda-feira o Secretário de Estado norte-americano. John Kerry deu o prazo de uma semana para que Bashar al-Assad entregue todas as armas químicas que tem e que, eventualmente, isso poderia evitar um ataque militar à Síria.

Bashar al-Assad, entretanto, dramatizou o discurso, em entrevista à cadeia de televisão norte-americana CBS, e ameaçou responder "com tudo" a um eventual ataque dos Estados Unidos à Síria.

Também esta segunda-feira o Congresso dos Estados Unidos reúne-se para começar a decidir se avança ou não um ataque norte-americano à Síria. A proposta do presidente Barack Obama será votada nos próximos dias.

Obama tem marcada para esta madrugada uma autêntica maratona de entrevistas, seis ao todo em várias televisões, para tentar explicar o interesse dos Estados Unidos em atacar a Síria.

Os Estados Unidos preparam um ataque à Síria depois de, alegadamente, o regime de Bashar al-Assad ter usado armas químicas contra civis que fizeram mais de 1400 mortos nos arredores de Damasco. O presidente da Síria, Bashar al-Assad, desmente a autoria destes ataques químicos.

A guerra civil na Síria já dura há mais de dois anos e fez mais de 110 mil mortos e dois milhões de refugiados.

[notícia corrigida às 19h02]

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