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Irão critica "atraso" dos EUA em responder a proposta de acordo nuclear

22 ago, 2022 - 14:49 • Lusa

Após vários meses de impasse, conversações voltam a estar em curso, em mais uma tentativa de salvar o acordo internacional concluído em 2015 entre o Irão e seis potências internacionais.

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O Irão criticou esta segunda-feira os Estados Unidos da América (EUA) pelo "atraso" em dar o seu parecer sobre as propostas iranianas face ao "texto final" apresentado recentemente pela União Europeia para retomar o acordo sobre o programa nuclear iraniano.

“É importante o atraso do lado dos EUA em dar a sua resposta, [enquanto] nós reagimos a tempo”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, na habitual conferência de imprensa semanal.

Em 16 de agosto, a União Europeia (UE) e os EUA anunciaram estar a rever a resposta de Teerão a um “texto final” proposto pelos europeus, depois de o Irão ter dito que tinha apresentado as suas “propostas finais”.

“O governo dos EUA é responsável pela situação atual. Se ele mostrar a sua determinação política na prática (…) e agir de forma responsável, podemos dar o próximo passo”, acrescentou Kanani.

Após vários meses de impasse, as conversações recomeçaram a 04 de agosto em Viena, Áustria, para mais uma tentativa de salvar o acordo internacional concluído em 2015 entre o Irão e seis potências internacionais (EUA, Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia).

O pacto visa garantir a natureza civil do programa nuclear do Irão, acusado de procurar desenvolver armas nucleares apesar de negar tal objetivo.

Depois da retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo, em 2018, sob o impulso do então Presidente norte-americano, Donald Trump, e da reposição das sanções norte-americanas, Teerão afastou-se gradualmente das suas obrigações.

O objetivo das conversações em curso em Viena, nas quais os EUA participam indiretamente, é retomar os termos do protocolo internacional.

Em 26 de julho, o chefe da diplomacia europeia e coordenador do dossiê sobre a questão nuclear iraniana, Josep Borrell, apresentou um projeto de compromisso e apelou às partes envolvidas nas conversações para que aceitassem o texto, de forma evitar uma “crise perigosa”.

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