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Embaixador russo exclui uso de armas nucleares na Ucrânia

29 mai, 2022 - 14:08 • Redação com agências

O diplomata Andrei Kelin referiu-se a Bucha, dizendo que os crimes reportados foram uma “montagem”.

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O embaixador russo no Reino Unido rejeitou a hipótese da utilização de armas nucleares em solo ucraniano. Numa entrevista à britânica BBC, o diplomata afirmou que a estratégia militar de Moscovo não contempla o seu uso em conflitos como o que está a acontecer na Ucrânia.

“De acordo com a doutrina militar russa, as armas nucleares táticas não são utilizadas em conflitos destes. Temos medidas muito rígidas na questão de utilização destas armas”, justificou Andrei Kelin. Segundo afirmou, a possibilidade de utilização deste tipo de armas destrutivas “é sobretudo quando a existência do Estado está em risco”. “Não tem nada que ver com a atual operação”, frisou.

Na mesma entrevista referiu-se a Bucha, dizendo que os crimes reportados foram uma montagem.

O embaixador russo seguiu aquele que tem sido o posicionamento do seu país, recusando ataques a civis e negando crimes de guerra na cidade de Bucha. Pois russos não deixaram corpos no chão, de cidadãos mortos, foi tudo uma “encenação”, afirmou.

Foi decretada mais uma semana de suspensão de circulação de aviões em onze aeroportos no sul da Rússia. O espaço aéreo foi fechado no sul e no centro do país desde o dia 24 de fevereiro, quando invadiu território ucraniano, iniciando a guerra que se arrasta há 95 dias. Agora, a suspensão foi mais uma vez estendida de 31 de maio até 6 de junho.

Erdogan vai tentar promover a paz

O presidente da Turquia vai ter uma conversa telefónica com os líderes russo e ucraniano, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, esta segunda-feira.
“Gostávamos que esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia terminasse em paz num prazo tão breve quanto possível, mas parece que os eventos se estão a desenvolver negativamente a cada dia que passa. Na segunda-feira, terei conversas telefónicas tanto com a Rússia como com a Ucrânia”, declarou Recep Tayyip Erdogan, citado pela agência estatal russa TASS (que cita o canal de televisão NTV).
Segundo estas declarações, feitas aos jornalistas turcos após uma viagem ao Azerbaijão, o líder turco continua a querer que sejam usados os canais de diálogo e da diplomacia para terminar com o conflito.
Entretanto, os líderes da França e Alemanha voltaram a falar com Vladimir Putin que mostrou abertura para voltar à mesa das negociações.

Na sequência da guerra na Ucrânia, que iniciou em 24 de fevereiro, a Rússia foi alvo de sanções ocidentais e, em retaliação, cortou o fornecimento de gás e eletricidade a países como a Polónia e a Lituânia.

Comentários
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  • Cidadao
    29 mai, 2022 Lisboa 21:20
    Putin ou alguém a mando dele, manda uma frase soundbyte, e por cá no Ocidente multiplicam-se e desmultiplicam-se as reuniões de "analistas" que gastam horas incontáveis a analisar o alcance, e se é verdade ou mentira. O Ocidente diz timidamente alguma coisa e a Rússia ignora e passa à ordem do dia. A Europa e mesmo os EUA não aprendem mesmo como lidar com a Rússia. E como é que se lida com a esta Rússia? Primeiro, deixem de "reagir" e comecem a "agir" :se querem evitar uma guerra, comecem a mostrar que não só não a receiam, como se necessário estão prontos para a travar. Isto implica impor no imediato uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia e colocar em prontidão esquadrilhas de caças com ordens para travar combate com aviões russos, e abatê-los se necessário. Segundo, enviem uma esquadra para libertar de bloqueio os portos Ucranianos e tal como na exclusão aérea, se necessário mandem umas barcaças russas para o fundo. Terceiro, deem a Zelenski o material pesado que ele necessita para correr com os Russos e acabem de vez com as compras de gás, petróleo e carvão, pois alternativas existem e é altura de as implementar. Isso é um plano de louco que só pode levar à Guerra? Em Guerra já estamos, embora de momento só a Ucrânia esteja a ser atacada. Mas tranquilizem-se que a nossa vez chegará. Se Putin consegue os seus intentos na Ucrânia, a seguir é a Polónia e depois a Europa Central. Continuem no sofá a ver a guerra pela TV. Um dia ela bate-vos à porta
  • Digo eu
    29 mai, 2022 Mundo 15:05
    A Rússia além de não ter palavra nem ser confiável, negociações nesta altura era só para a Rússia impor à Ucrânia o reconhecimento da anexação da Crimeia e DonBass, e mais umas quantas exigências que obviamente nem Zelenski nem o povo Ucraniano estão dispostos a aceitar. E não usam armas nucleares porque além da proximidade com as fronteiras russas que fariam com que os efeitos pudessem afetar também a Rússia, isso implicaria automaticamente a entrada da NATO na liça, e eles já estão à rasca para enfrentar a Ucrânia, o que seria contra a Ucrânia e contra a NATO?

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