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Detidos mais três suspeitos no caso do duplo homicídio na Amazónia

08 ago, 2022 - 07:57 • Lusa

O jornalista britânico do The Guardian, Dom Phillips, 57 anos, e o ativista indígena brasileiro Bruno Pereira, 41 anos, foram mortos em 5 de junho.

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A Polícia Federal brasileira deteve mais três suspeitos no caso da morte em junho de um jornalista e de um ativista indígena na região remota ocidental da floresta amazónica do Brasil.

Sete pessoas foram detidas até agora por alegado envolvimento nas mortes ou na tentativa de encobrimento das mesmas.

A polícia alegou numa declaração que os três suspeitos estiveram envolvidos na ocultação dos cadáveres após o duplo homicídio e que são familiares de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, um pescador que é um dos três homens anteriormente acusados de assassinar as vítimas.

O jornalista britânico do The Guardian, Dom Phillips, 57 anos, e o ativista indígena brasileiro Bruno Pereira, 41 anos, foram mortos em 5 de junho a bordo da embarcação em que seguiam no rio Itaquai, junto ao território indígena do Vale do Javari, na fronteira com o Peru e a Colômbia.

O Ministério Público Federal acusou formalmente Oseney da Costa de Oliveira, o seu irmão Amarildo da Costa Oliveira, e Jefferson da Silva Lima por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver, em 22 de julho.

Duplo homicídio brutal chocou o país

Segundo a Procuradoria, os dois últimos confessaram o crime perante as autoridades, enquanto a participação de Oseney da Costa de Oliveira foi verificada a partir do depoimento das testemunhas.

As autoridades brasileiras fizeram saber que os três homens acusados de homicídio no caso são pescadores, que mataram Phillips e Pereira porque pediram para fotografar os suspeitos. A região onde foi cometido o crime é uma zona de pesca ilegal e caça furtiva.

A investigação, que ultrapassou os contornos de homicídio, resultou ainda na identificação e detenção de um homem no início de julho por alegadamente transportar documentos falsos.

O duplo homicídio brutal chocou o país e foi amplamente condenado por organizações internacionais, associações ambientais e de direitos humanos.

O caso expôs as ameaças que espreitam na Amazónia, especialmente no Vale do Javari, uma das regiões com o maior número de grupos de indígenas isolados do mundo e onde a pesca e a caça furtiva convivem com as redes de narcotráfico.

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