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Rússia

Gazprom corta 20% do abastecimento de gás à Alemanha

27 jul, 2022 - 10:54 • Lusa

Ocorre após o serviço ter sido retomado na semana passada, após 10 dias de interrupção devido a serviços de manutenção, segundo Moscovo.

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A redução do fluxo de combustível russo começou às 9h00 em Moscovo (6h00 em Lisboa) e segundo as informações que constam do portal o volume diário de abastecimento à Alemanha, pelo Nord Stream, vai ser de 33 milhões de metros cúbicos.

De acordo com a agência federal de redes alemã (Bundesbetzagentur), o corte que se verifica a partir desta quarta-feira é uma "estratégia de guerra" por parte de Moscovo e rejeitou a justificação técnica referida pela Gazprom.

As explicações de Moscovo sobre a redução de 20% (capacidade de envio) "não são realistas", disse o responsável pela Bundesnetzagentur, Klaus Muller, em declarações à rádio Deustchlandfunk.

A autoridade alemã confirmou esta manhã que se verifica a redução esperada e que corresponde "a metade" do que estava a ser abastecido nos últimos meses.

Em concreto, estão a fluir desde as 6h00 (hora de Lisboa), 1,28 metros cúbicos de gás por hora, tal como tinha anunciado a Gazprom que justifica a redução com trabalhos de manutenção assim como falhas numa turbina.

O corte ocorre depois de o serviço ter sido retomado na semana passada, após 10 dias de interrupção total devido, segundo Moscovo, a serviços de manutenção.

O chanceler alemão, Olaf Scholz e o ministro da Economia, Robert Habeck, disseram que "não há obstáculos" de ordem técnica para que se verifica o fluxo regular de gás russo através do Nord Stream.

Habeck tem acusado Moscovo de utilizar o abastecimento de gás como "arma de guerra".

No passado mês de fevereiro, quando começou a nova campanha militar da Rússia contra a Ucrânia, o abastecimento russo correspondia a 55% do total das importações de gás que a Alemanha recebia, um valor que no final de junho baixou para 26%.

Habeck mantém o objetivo de conseguir até ao dia 1 de novembro o armazenamento de 95% dos depósitos para garantir segurança energética durante o próximo inverno.

Atualmente, os depósitos alemães encontram-se com 64,4% da capacidade, de acordo com o Governo.

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  • Cidadao
    28 jul, 2022 Lisboa 13:03
    Devia cortar é a 100% de imediato, a ver se a UE acorda para a Vida e se capacita que de um lado estamos nós, Ocidente, do outro, "eles", a Rússia de Putin. E enquanto essa besta continuar a mandar por lá, as coisas não se vão alterar apesar do que os agentes dele garantem, para tentar dividir a opinião pública Ocidental. Este parque geriátrico em que a Europa se tornou, tem de ser cada vez mais chamado para a ação e passar menos tempo no sofá, com ambiente controlado por ar condicionado, e à espera que a Ucrânia resolva um problema que é de todo o Ocidente. A seguir à Ucrânia, podemos ser nós.

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