20 jun, 2022 - 21:15 • João Malheiro
O 116.º dia de guerra fica marcado por um alerta para os planos russos de atacar "com quase todas as suas forças" as cidades da fronteira de Luhansk, até domingo.
Uma delas é a área de Severodonetsk, que tem sido um dos pontos de maior conflito, nas últimas semanas.
Um armazém de comida foi destruído em Odessa, segundo informações ucranianas. O chefe da diplomacia da União Europeia acusou a Rússia de praticar “um crime de guerra”, com o bloqueio das exportações de cereais ucranianos a contribuir para aumentar a fome no mundo.
A Renascença resume os principais momentos de mais uma dia de guerra.
A Rússia está a preparar um ataque à fronteira de Luhansk e a ordenar quase todas as suas tropas a avançar para a região até domingo.
A informação é do vice ministro da defesa ucraniano, Hanna Maliar, enquanto há batalhas "decisivas" em Severodonetsk - cidade incluinda na área.
"O exército russo está a usar todas as suas forças e recursos para invadir os territórios circundantes e cercar as nossas tropas", conta o oficial, em declarações reproduzidas pela imprensa ucraniana.
O governante garante que as tropas ucranianas "estão a fazer todo o possível", mas a Rússia tem vantagem no armamento, o que torna a situação "extremamente difícil".
A presidente da Comissão Europeia diz acreditar que "a Rússia já não pode ganhar a guerra na Ucrânia".
Em entrevista a vários orgãos de comunicação social, incluindo ao jornal "Público", Ursula von der Leyen admite estar "confiante" que o estatuto de país candidato vai mesmo ser concedido à Ucrânia.
A líder europeia enalteceu a importância da integração da Ucrânia, frisando que “é do interesse da UE ter uma democracia estável dentro das suas fronteiras, em vez de um Estado falhado”.
Um armazém com vários alimentos na cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, foi destruído por um missil russo, segundo informação do exército ucraniano.
De acordo com as tropas ucranianas, as forças pró-russas terão lançado um bombardeamento de 14 misseis, durante cerca de três horas, e que uma das explosões terá destruído o local.
Nenhum civil foi morto, segundo os relatos ainda por confirmar por parte de fontes independentes.
Borrell tem acusado as tropas de Moscovo de bombar(...)
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, considerou, esta segunda-feira, que África "está refém" da invasão russa da Ucrânia e isso provoca fortes tensões no mercado de cereais para exportação para o continente.
"África é refém daqueles que começaram a guerra contra o nosso Estado", disse Zelenskiy, num discurso por videoconferência dirigido aos membros da União Africana.
O líder ucraniano acrescentou que a crise alimentar mundial "durará tanto quanto a guerra" provocada pela invasão russa.