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Guerra na Ucrânia

Josep Borrell. Ataque a Lviv "mostra que nenhuma parte do país é poupada"

18 abr, 2022 - 20:47 • Lusa

Alto Representante da UE para a Política Externa condena "os contínuos, indiscriminados e ilegais bombardeamentos pelas forças armadas russas que afetam civis e infraestruturas civis".

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O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou esta segunda-feira os "contínuos e ilegais bombardeamentos" das tropas russas na Ucrânia, lamentando o ataque a Lviv, que "mostra que nenhuma parte do país é poupada".

"A Ucrânia está a ser atingida pelos ataques de mísseis mais intensos por parte da Federação Russa há semanas. A UE condena os contínuos, indiscriminados e ilegais bombardeamentos pelas forças armadas russas que afetam civis e infraestruturas civis", reage Josep Borrell, numa posição divulgada.

No dia em que as tropas russas atacaram com mísseis a cidade de Lviv (oeste), o Alto Representante da UE para a Política Externa lamenta em comunicado que este ataque "a Lviv e outras cidades na Ucrânia ocidental mostra que nenhuma parte do país é poupada da ofensiva insensata do Kremlin [Presidência russa]".

"A UE apoia ativamente o trabalho do Tribunal Penal Internacional e as medidas para assegurar a responsabilização pelas violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional", adianta Josep Borrell, sublinhando que "não pode haver impunidade para os crimes de guerra".

"A Rússia tem de cessar imediata e incondicionalmente as hostilidades e retirar todas as forças e equipamento militar da Ucrânia", exorta ainda o chefe da diplomacia da UE.

As forças russas atacaram Lviv e atingiram diversos alvos em várias regiões da Ucrânia, numa aparente tentativa de eliminar as defesas do país antes do assalto em larga escala ao leste.

De acordo com o governador de Lviv, Maksym Kozytskyy, pelo menos sete pessoas foram mortas nos ataques, que causaram também "11 feridos, incluindo uma criança". Três dos feridos encontram-se "em estado grave", adiantou.

Em quase dois meses de conflito, a região de Lviv apenas registou ataques esporádicos e tornou-se no refúgio de numerosos civis, em fuga dos intensos combates noutras zonas do país.

A cidade também se tornou numa importante região de passagem de diversos tipos de armamento fornecido pela NATO a Kiev e de combatentes estrangeiros que se têm juntado à causa ucraniana.

Lviv é a maior cidade do oeste da Ucrânia e um importante eixo de transportes, situando-se a apenas 80 quilómetros da Polónia, um Estado-membro da NATO.

Também esta segunda-feira, uma potente explosão atingiu igualmente Vasylkiv, uma cidade a sul da capital, Kiev, e onde se situa uma base militar aérea, de acordo com residentes locais citados pela agência noticiosa Associated Press.

Os analistas militares referiram que a Rússia está a aumentar os seus ataques a fábricas de armamento, linhas de caminho de ferro e outras infraestruturas ao longo de todo o país para enfraquecer a capacidade da Ucrânia em resistir à anunciada ofensiva na região do Donbass, a zona industrial do leste com maioria de população russófona.

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  • Cidadao
    18 abr, 2022 Lisboa 21:43
    Em vez de condenações palavrosas, que tal enviarem sistemas anti-míssil e anti-aéreos de médio/longo alcance, já que não querem a tal zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia? E já agora, visto que estão a ver tudo no sofá, com o apoio de satélites, que tal informarem os Ucranianos de ataques com misseis e de onde partiram esses ataques? Pode ser que as F.A. Ucranianas de posse dessa informação, tirem um coelho da cartola e façam a esses lançadores de misseis o que fizeram ao cruzador Russo ...

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