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Rússia avisa países vizinhos para não apoiarem força aérea ucraniana

07 mar, 2022 - 10:55 • Lusa

"O uso da rede de aeródromos desses países como base para aeronaves militares ucranianas e o seu uso subsequente contra as forças armadas russas pode ser considerado um envolvimento desses países num conflito armado", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo.

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A Rússia avisou os países vizinhos da Ucrânia contra o acolhimento de aviões de caça de Kiev que são usados contra as forças russas, acusando-os de permitir aterragens de aeronaves militares ucranianas nos seus aeroportos.

"O uso da rede de aeródromos desses países como base para aeronaves militares ucranianas e o seu uso subsequente contra as forças armadas russas pode ser considerado um envolvimento desses países num conflito armado", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

A Ucrânia tem pedido aos países ocidentais para que estabeleçam uma zona de exclusão aérea sobre o seu território – uma solicitação rejeitada pela NATO, que tenta evitar o risco de confronto direto com Moscovo.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também pediu aos Estados Unidos para interceder juntos dos países da Europa de Leste para que estes forneçam às suas forças armadas aviões de fabrico russo, para contrariar o avanço das tropas russas.

No sábado, o Presidente Putin alertou que a Rússia considerará co-beligerante qualquer país que tente impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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  • Cidadao
    07 mar, 2022 Lisboa 12:39
    A Bielorússia, estado governado por um fantoche de Moscovo, e donde partem tropas e misseis que atacam a Ucrânia, também pode ser considerado co-beligerante? Quando é que o raio do Ocidente perde o medo duma guerra nuclear que nunca acontecerá - quando Putin puser o dedo no botão, ouve-se "Click, bang" que é o som dele a cair no chão com uma bala na cabeça - e começa a agir de acordo com a situação? Já estamos em guerra, só não somos é beligerantes.

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