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Guerra na Ucrânia

Afinal, estão vivos os soldados da ilha ucraniana bombardeada

28 fev, 2022 - 17:14 • Marta Grosso

Os 13 soldados recusaram obedecer às ordens de um navio russo, mas conseguiram escapar, ao contrário do que tinha sido avançado.

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Os 13 soldados ucranianos que teriam sido atacados na ilha de Zmiinyi (Cobra ou Ilha das Serpentes) ainda estão vivos, avança um comunicado dos serviços navais da Ucrânia publicado no Facebook nesta segunda-feira.

“Estamos muito felizes em saber que os nossos irmãos estão vivos e bem”, lê-se na publicação.

Os marinheiros “repreenderam duas vezes os ataques dos invasores russos”, mas não puderam continuar a proteger a ilha, onde as comunicações foram completamente cortadas, tornando inúteis as tentativas de contactar os marinheiros.


A história chegou no segundo dia de guerra na Ucrânia. Treze guardas encarregados de defender aquela ilha do Mar Negro morreram depois de não se terem rendido ao Exército russo, avançava o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Os russos terão contactado os guardas via rádio e ordenado que os ucranianos se rendessem.

“Isto é um navio de guerra. Isto é um navio de guerra russo. Sugiro que larguem as vossas armas e se rendam, para evitar um banho de sangue e mortes desnecessárias. Caso contrário, serão bombardeados”, ouve-se num áudio divulgado pelo jornal ucraniano “Pravda”.

“Navio russo, vão-se f****”, foi a resposta do guarda ucraniano responsável pelas comunicações. E foram as últimas palavras ouvidas na ilha. A partir daí, presumiu-se que os 13 guardas tinham morrido num bombardeamento russo.

Foram dados como heróis e nesta segunda-feira, quinto dia de guerra, chega a notícia de que, afinal, estão todos vivos.

A versão russa é diferente. De acordo com Moscovo, os soldados ucranianos presentes na ilha entregaram-se voluntariamente e o lado russo não fez qualquer menção de atacar ou infligir baixas.

A Ilha da Cobra é uma ilha rochosa de aproximadamente 16 hectares de propriedade ucraniana, situada cerca de 300 km a oeste da Crimeia.

Comentários
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  • Anónimo
    05 mar, 2022 Lisboa 00:04
    O que importa é que sobreviveram, e não sem antes darem uma resposta bem dada aos imperialistas rurros.

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