Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Rússia quer "libertar” e não ocupar a Ucrânia

25 fev, 2022 - 10:54 • Carla Caixinha com agências

País está pronto para dialogar com Kiev a partir do momento em que os ucranianos depuserem as armas.

A+ / A-

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia garantiu, esta sexta-feira, que esta operação militar tem como objetivo libertar o povo ucraniano e não ocupar o país.

“Putin tomou a decisão de realizar uma operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia para que, livres da opressão, os próprios ucranianos pudessem determinar livremente seu futuro”, disse Sergei Lavrov em conferência de imprensa.

Lavrov disse que a Ucrânia tem de ter um governo novo e independente que “não esteja concentrado no nazismo e no extermínio do povo russo”. “É preciso libertar a Ucrânia do nazismo”.

“A Ucrânia está a ser controlada a partir de fora, nomeadamente, pelos Estados Unidos”, acusa.

Garantiu que o país está pronto para dialogar com Kiev. “Estamos preparados para negociações a qualquer momento, assim que as forças armadas da Ucrânia responderem ao nosso apelo e deporem as armas.”

Nesta intervenção voltou a sublinhar que “ninguém na Rússia está a pensar atacar civis ucranianos, estamos a atacar alvos militares”, garantiu.

“Ninguém está a pensar em atacar o povo ucraniano, só não queremos que neonazis continuem a governar.”

O ministro defende que os acordos de Minsk foram sabotados. “Nós somos pela solução diplomática de problemas. Os acordos de Minsk são exatamente isso”, mas o Ocidente não os queria cumprir. “Os acordos só seriam cumpridos nas partes que lhes interessava”.

Tropas russas entram em Kiev. Presidente ucraniano diz ser "alvo número 1"
Tropas russas entram em Kiev. Presidente ucraniano diz ser "alvo número 1"

A Rússia lançou, na quinta-feira de madrugada, uma ofensiva militar em território da Ucrânia , com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

Vladimir Putin disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU. Foram decretadas sanções pesadas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Façam-nos Pagar!
    25 fev, 2022 Mundo 14:15
    Sugiro à Ucrânia a constituição de redes clandestinas de Resistência que tornem a Ucrânia um Afeganistão para a Rússia. Façam-nos pagar!
  • Bruno
    25 fev, 2022 Aqui 13:37
    Este homem não tem noção do ridículo das suas palavras? O que está a ser planeado é a colocação de um governo fantoche em Kiev, opressor e anti-democrático, tal como existe na Bielorrússia.

Destaques V+