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Covid-19

Venda de brinquedos cai e tinta para cabelo dispara em tempo de confinamento

16 abr, 2020 - 12:17 • Sandra Afonso

É o outro lado da pandemia e do isolamento social, que deixou muitas famílias com menos rendimentos ou a temer perdê-los. Mudaram-se hábitos tão simples como tratar do cabelo.

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Quando o dinheiro começa a faltar na carteira e aumenta a incerteza sobre o que vai acontecer, é preciso cortar nas despesas. Um exemplo de gastos dispensáveis, ainda que por vezes impliquem uma decisão difícil, são os brinquedos.

No último mês, a compra de brinquedos em Portugal caiu 24%, em comparação com março de 2019. Mas, nestes dados da empresa de estudos de mercado GfK, que têm em conta uma amostra de 2.500 pontos de venda, é preciso sublinhar que os consumidores estão a descobrir os canais de venda online: a compra de brinquedos pela internet aumentou 218% em março, nas lojas caiu 31%.

Contas feitas, a procura pela internet disparou, mas está longe de ser suficiente para travar a queda da venda dos brinquedos no último mês. As vendas online representavam pouco mais de 3% das vendas totais de brinquedos, agora representam 13,1%.

Com a família toda em casa praticamente 24 sobre 24 horas, é preciso imaginação e alguma ajuda para manter as crianças ocupadas e entretidas, sem excluir ou desmotivar os adultos. O que explica porque é que apenas duas categorias conseguiram aumentar as vendas nesta altura: jogos & puzzles (+39%) e artes & trabalhos manuais (+3%).

Para todas as restantes, a procura caiu, com destaque para os peluches (-59%), bonecas (-41%), material infantil e pré-escolar (-30%), veículos (-30%), figuras de ação (-24%), construções (-21%), desporto e ar livre (-21%) e eletrónicos (-15%).

Tinta para o cabelo voa das prateleiras

Outro indicador destes novos hábitos vem da secção de produtos de beleza e higiene, em concreto das tintas para o cabelo. Com os cabeleireiros e barbeiros na lista dos estabelecimentos que não são considerados prioritários – e, por isso, estão por estes dias de portas fechados – muitos clientes já desesperam.

É preciso não esquecer que parte da população continua a trabalhar fora de casa e, mesmo os que estão em teletrabalho, continuam visíveis através das novas tecnologias de informação e contacto.

Ao drama do vírus, o stress do confinamento, a manutenção do emprego, a gestão de novas rotinas e a adaptação a novas formas de trabalho juntam-se as brancas no cabelo. Por isso, a corrida à prateleira já começou.

Segundo dados da cadeia de supermercados Mercadona, as vendas destes produtos passaram de uma média de 13 para 21 unidades por dia e loja, em Portugal. Para ajudar quem nunca antes se atreveu a pintar o cabelo em casa ou não se ajeita, a empresa disponibiliza apoio ao cliente sobre os produtos e a melhor forma de os utilizar.

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