A+ / A-

Rússia diz que ainda há "oportunidade" de entendimento com o Ocidente

14 fev, 2022 - 14:18 • Redação, com Lusa

As oportunidades de diálogo "não estão esgotadas, (mas) não devem durar indefinidamente", afirma o ministro russo dos Negócios Estrangeiros.

A+ / A-

O Governo russo disse esta segunda-feira que há ainda uma "oportunidade" de resolver a crise na Ucrânia através de canais diplomáticos, numa altura em que os países ocidentais temem que as tensões possam escalar para um conflito armado.

"Há a possibilidade de chegar a um acordo com os nossos parceiros sobre questões fundamentais ou é uma tentativa de nos arrastar para negociações intermináveis?", disse o Presidente russo, Vladimir Putin, numa pergunta dirigida ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

"Como responsável pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, devo dizer que há sempre uma hipótese", respondeu o ministro russo, num encontro com Putin.

As oportunidades de diálogo "não estão esgotadas, (mas) não devem durar indefinidamente", disse Lavrov, acrescentando que Moscovo está "pronto para ouvir contrapropostas sérias".

A Ucrânia pode abandonar a sua intenção de ingressar na NATO para evitar um confronto militar com a Rússia, disse o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko.

Em declaração à BBC, o embaixador indicou que o seu país seria "flexível" quanto ao seu objetivo de ingressar na Aliança Atlântica, sublinhando que a Ucrânia é um país "responsável", após o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçar entrar num conflito armado.

Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança obrigatórias dos EUA e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e implantasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.

Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da OSCE pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.

Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.

A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.

Portugal pode utilizar até 1.049 militares na força de reação rápida da NATO, caso a Aliança Atlântica precise de todos os meios atribuídos por Portugal à "task force" de grande prontidão da NATO.

Trata-se de uma força conjunta multinacional com uma prontidão até sete dias, capaz de assegurar uma resposta militar rápida a uma crise emergente.

Em resposta à Renascença, o Ministério da Defesa diz que a NATO pode acivar estes meios de forma parcial ou total, em função do tipo de missões.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Ironia
    14 fev, 2022 Sempre ironia 17:24
    "Diálogo" para quê, se vocês Russos "garantem" que não vão invadir? Se não vão, então até podem ter o exército Russo em peso na fronteira, desde que seja no "vosso" lado da fronteira. Assim sendo, o que é que há para "dialogar"? (ironia)

Destaques V+