02 fev, 2022 - 20:55 • Lusa
O tenente-coronel Alexander Vindman testemunhou no processo de destituição de 2019, sobre um telefonema no qual Trump terá pressionado o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar o rival democrata Joe Biden e o seu filho, Hunter.
O processo judicial que entrou esta quarta-feira num tribunal federal em Washington - com acusações de "campanha intencional e concertada de crimes", "intimidação" e "assédio" sobre a sua decisão de testemunhar no Congresso - indicia Donald Trump Jr., filho mais velho do ex-Presidente, Rudy Giuliani, advogado pessoal de Trump, e os ex-assessores de comunicação da Casa Branca Dan Scavino e Julia Hahn.
Vindman alega que, depois de ter sido convocado pelo Congresso para testemunhar no processo de 'impeachment' de Trump, aquelas pessoas e outras coordenaram e promoveram "narrativas falsas" sobre si, incluindo que era um espião ao serviço da Ucrânia, para além de o terem acusado falsamente de mentir sob juramento.
"As ações tomadas pelos denunciados contra o tenente-coronel Vindman também enviaram uma mensagem a outras potenciais testemunhas: cooperem por vossa conta e risco", pode ler-se no documento apresentado esta quarta-feira no tribunal.
Em julho do ano passado, Vindman anunciou que se iria reformar do Exército, após mais de 21 anos de funções, alegando igualmente acusações de assédio, 'bullying' e intimidação, tal como no atual processo.
Nos últimos meses, o tenente-coronel lançou um livro sobre a sua experiência, intitulado "Here, Right Matters: An American Story" ("Aqui, o correto interessa: uma história americana", numa tradução literal).