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Covid-19. Quebeque não avança com imposto para não vacinados

02 fev, 2022 - 07:18 • Lusa

Decisão surge no momento em que o movimento antivacina “Freedom Convoy 2022” realiza uma manifestação em Otava desde o fim de semana.

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Para manter a “paz social”, o governo da província canadiana do Quebeque não vai avançar com um imposto especial para pessoas para pessoas que não estão vacinadas contra a Covid-19.

A decisão, anunciada pelo primeiro-ministro da província, François Legault, surge no momento em que o movimento antivacina “Freedom Convoy 2022” realiza uma manifestação em Otava desde o fim de semana, para exigir o fim das medidas de restrição em todo o país.

Numa conferência de imprensa, François Legault afirmou que, apesar de o seu executivo ter elaborado o projeto-lei para penalizar com multas os antivacinas, decidiu não apresentar o texto para garantir a “paz social”.

Em 11 de janeiro, o primeiro-ministro do Quebeque, do partido de centro-direita Coalition Avenir Québec (Coligação Futuro Quebeque, em tradução simples), anunciou que o seu governo estava a considerar impor um imposto sobre as pessoas não vacinadas contra a Covid-19 devido às “consequências” que isso acarreta para o sistema de saúde da província.

Legault justificou a medida polémica, dizendo que as ações dos manifestantes têm “consequências” para o sistema de saúde e não é justo que os restantes tenham de pagar pela rejeição das vacinas.

Enquanto isso, em Otava e noutros pontos do país, continuam os protestos contra as medidas de saúde pública adotadas para conter a pandemia.

No fim de semana, milhares de manifestantes do “Freedom Convoy 2022” desceram à baixa da capital canadiana, bloqueando deliberadamente o trânsito em torno do Parliament Hill (Colina do Parlamento, que abriga os edifícios do Parlamento do Canadá).

Após o maior protesto pandémico no Canadá até hoje, os manifestantes encontraram pouca simpatia num país onde mais de 80% da população está vacinada.

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, considerou os manifestantes de Otava de “minoria marginal” e disse que refletiam a proliferação de “desinformação online, teóricos da conspiração, sobre ‘microchips’, sobre como Deus sabe o que combina melhor com os chapéus de papel de alumínio”.

Comentários
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  • Anónimo
    08 fev, 2022 Lisboa 09:15
    Prisão para a escumalha anti-vacinas seria uma medida bem melhor.

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