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OMS prevê meio milhão de mortes por Covid-19 na Europa até fevereiro

04 nov, 2021 - 11:38 • Lusa com redação

Estimativas têm por base a atual trajetória de evolução da pandemia na Europa, que "é de novo o epicentro da pandemia", alerta diretor regional da Organização Mundial da Saúde.

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A Organização Mundial da Saúde avisou, esta quinta-feira, que a situação da pandemia de Covid-19 na Europa é "muito preocupante" e apontou a cobertura insuficiente de vacinas e o relaxamento de restrições para explicar o aumento de casos nas últimas semanas.

"Estamos noutro ponto crítico para a eclosão da pandemia. A Europa está, mais uma vez, no epicentro da pandemia, onde estávamos há um ano. A diferença, hoje, é que sabemos mais e podemos fazer mais", disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa, Hans Kluge, numa conferência de imprensa.

“A atual taxa de transmissão nos 53 países da região europeia é muito preocupante (...) se continuarmos nessa trajetória, poderemos ver mais meio milhão de mortes por covid-19 na região até fevereiro”, afirmou.

Para a OMS, o aumento de casos é explicado pela combinação da insuficiente cobertura vacinal com o relaxamento das medidas anti-covid.

De acordo com os dados da OMS Europa, as hospitalizações ligadas à covid-19 "mais do que duplicaram numa semana".

O número de novos casos por dia têm aumentado há quase seis semanas consecutivas na Europa e o número de óbitos por dia aumenta há pouco mais de sete semanas consecutivas, com cerca de 250.000 casos e 3.600 mortes diárias, segundo dados oficiais por país compilados pela Agência France Presse.

O aumento atual é sobretudo impulsionado pela Rússia (8.162 mortes nos últimos sete dias), Ucrânia (3.819 mortes) e Roménia (3.100 mortes), de acordo com os mesmos dados.

A OMS apelou ainda ao uso contínuo e massivo de máscaras pela população.

"As projeções mostram que, se atingirmos uma taxa de uso de máscaras de 95% na Europa e na Ásia Central, poderemos salvar até 188.000 vidas do meio milhão de vidas que corremos o risco de perder até fevereiro de 2022", observou Kluge.

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