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Venezuela. Portugal reconhece "dificuldades" mas valoriza evoluções positivas

24 set, 2021 - 23:00 • Lusa

Durante esta semana, Augusto Santos Silva encontrou-se com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Felix Plasencia.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, declarou esta sexta-feira à Lusa que entre Portugal e Venezuela existem "dificuldades" de relacionamento, mas são valorizados alguns "elementos positivos" do avanço do "diálogo político intra-venezuelano".

"A relação entre Portugal e Venezuela é esta: nós temos dificuldades, mas temos valorizado elementos positivos da evolução política recente", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, numa entrevista telefónica à Lusa sobre a conclusão da visita de trabalhos a Nova Iorque, onde esta semana se realizou o debate geral e semana de alto nível da Organização das Nações Unidas, a semana diplomática mais importante a nível mundial.

Durante esta semana, Augusto Santos Silva encontrou-se com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Felix Plasencia, antigo embaixador e vice-ministro que já lhe era conhecido, "para manter este contacto [bilateral], que é sempre muito importante, dada a dimensão da comunidade portuguesa" naquele país da América Latina.

"Nós valorizamos muito o facto de ter sido formado o Conselho Nacional Eleitoral com representantes do governo e da oposição e também valorizamos muito o facto de nas próximas eleições de novembro, que são eleições para governadores e para autoridades municipais, a oposição participar", explicou Augusto Santos Silva.

Na visão do chefe da diplomacia portuguesa, esses "são sinais positivos para o diálogo político intra-venezuelano", aos quais se juntam uma missão de observação eleitoral que a União Europeia está a preparar.

A nível da "segurança e bem-estar da comunidade portuguesa e luso-venezuelana", que o ministro afirmou como "questão número um" na política com Venezuela, Augusto Santos Silva considerou que "tem havido também pequenos progressos".

Para Santos Silva trata-se de "uma evolução no sentido certo", de que Portugal toma nota, em afastamento da "linha vermelha" diplomática que se traçava há vários anos.

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