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Vacinação Covid-19. Professores e crianças de risco devem ter prioridade, diz OMS

30 ago, 2021 - 12:09 • Marta Grosso

Num comunicado conjunto, OMS e Unicef lembram que a variante Delta representa um desafio neste início de ano letivo e apelam aos Estados-membros que adotem medidas para garantir o ensino presencial.

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Os professores e os funcionários das escolas devem ter prioridade na vacinação contra a Covid-19, bem como as crianças de risco com 12 ou mais anos. A recomendação é da Organização Mundial da Saúde e da Unicef e foi divulgada nesta segunda-feira.

Em comunicado conjunto, as duas agências da ONU defendem a tomada de medidas para minimizar a transmissão do vírus nas escolas, de modo a garantir o ensino presencial.

“A pandemia causou a interrupção mais catastrófica da educação da história. É, pois, vital que a aprendizagem em sala de aula continue ininterrupta em toda a região europeia da OMS; é de suma importância para a educação, a saúde mental e as competências sociais das crianças, de modo a que as crianças se tornem serem membros felizes e produtivos da sociedade”, defende Hans Henri P. Kluge, o diretor regional da OMS para a Europa.

Entre as medidas preconizadas está a vacinação de professores, funcionários e crianças com 12 ou mais anos de idade com condições médicas subjacentes, mas também a implementação de melhorias no ambiente escolar através de uma melhor ventilação das salas de aula, turmas com menos alunos para facilitar o distanciamento físico e testes regulares a crianças e funcionários.

As duas organizações lembram que a alta transmissibilidade e a elevada incidência da variante Delta na comunidade vêm fazer aumentar a preocupação e os desafios neste início de ano letivo. “Portanto, devemos todos nos comprometer a reduzir a transmissão do vírus”, lê-se no comunicado.

Nesse sentido, é renovado o apelo à vacinação como “a nossa melhor linha de defesa contra o vírus e, para que a pandemia termine”.

“Devemos aumentar rapidamente as vacinações de forma justa em todos os países, incluindo o apoio à produção de vacinas e partilha de doses, para proteger os mais vulneráveis em todos os lugares. Devemos também continuar a seguir as medidas sociais e de saúde pública que sabemos que funcionam, incluindo testes, sequenciamento, rastreamento, isolamento e quarentena”, afirma o responsável europeu da OMS.



O comunicado sublinha ainda que “os dados mostram claramente que receber a vacinação completa reduz significativamente o risco de doença grave e morte” com Covid-19.

“Levará algum tempo até que possamos ultrapassar a pandemia, mas educar as crianças com segurança em ambiente escolar deve permanecer nosso objetivo principal, para que não lhes roubemos as oportunidades que tanto merecem”, defende Hans Henri P. Kluge.

Para ajudar a manter as escolas abertas e seguras, a OMS, a UNICEF e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) lançaram um conjunto de oito recomendações desenvolvidas pelo Grupo Consultivo Técnico Europeu da OMS para a escolaridade durante a Covid-19.

São elas:

  • As escolas devem ser os últimos lugares a fechar e os primeiros a reabrir
  • Implementação de uma estratégia de teste
  • Garantir medidas eficazes de mitigação de riscos
  • Proteger o bem-estar mental e social das crianças
  • Proteger as crianças mais vulneráveis e marginalizadas
  • Melhorar o ambiente escolar
  • Envolver crianças e adolescentes na tomada de decisões
  • Implementar uma estratégia de vacinação destinada a manter as crianças na escola.
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