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Crise política

Primeiro-ministro da Roménia demite-se após derrota nas eleições legislativas

07 dez, 2020 - 19:00 • Lusa

Críticas à gestão da pandemia levaram o partido de Ludovic Orban a cair dos 45% nas sondagens em janeiro para 25% de votos obtidos nas urnas, este domingo.

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O primeiro-ministro romeno, Ludovic Orban, anunciou a demissão esta segunda-feira, um dia após a derrota do seu partido nas eleições legislativas, num contexto de fortes críticas à gestão da pandemia.

“Decidi hoje apresentar minha demissão, depois de um ano e um mês em que a Roménia enfrentou um período extremamente difícil”, disse Orban, depois de confirmado o mau resultado do Partido Nacional Liberal (PNL), referindo-se aos problemas gerados pela pandemia.

Apesar da derrota eleitoral do PNL e da demissão de Orban, os liberais pró-europeus devem permanecer no poder, aliando-se a partidos menores.

O PNL de Orban tinha intenções de voto de 45% nas sondagens em janeiro, que se diluiu para 25% de votos obtidos nas urnas, este domingo, atrás dos 30% de votos do Partido Social Democrata, e à frente da aliança centrista USR PLUS.

Orban governava desde novembro do ano passado, quando chegou ao poder depois de derrubar o Governo social-democrata anterior, através de uma moção de censura, usando como bandeira política o objetivo de reduzir o défice de 4,6% com que a Roménia fechou 2019, mas a crise da sanitária arruinou as suas aspirações e condenou a Roménia a uma profunda crise económica.

O Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, próximo de Orban, já anunciou que nomeará um primeiro-ministro de centro-direita para formar um Governo de coligação entre o PNL, o USR PLUS e outras formações menores de centro-direita.

Pouco antes da demissão de Orban, o USR PLUS tinha pedido a demissão do primeiro-ministro como condição para entrar no Governo.

Iohannis vai decidir a quem confia a formação do Governo depois de se encontrar com os partidos, nos próximos dias, mas já afastou a possibilidade de o próximo primeiro-ministro, que precisa de se submeter à confiança do Parlamento, ser um social-democrata, apesar da vitória nas eleições desse partido.

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