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Avião ucraniano não pediu ajuda e tentava voltar ao aeroporto de Teerão

09 jan, 2020 - 07:15 • Marta Grosso com Lusa e Reuters

Aparelho caiu na madrugada de quarta-feira, pouco depois de levantar voo de Teerão. Presidente da Ucrânia diz que quer ver esclarecida toda a verdade sobre o acidente.

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A tripulação do avião ucraniano que caiu em Teerão não pediu ajuda via rádio e estava a tentar voltar ao aeroporto quando a aeronave se despenhou. A informação consta de um relatório preliminar da investigação iraniana, divulgado nesta quinta-feira.

As primeiras indicações disponibilizadas pelas autoridades iranianas apontaram para a existência de problemas mecânicos na origem da queda do avião.

O aparelho das linhas aéreas ucranianas – um Boeing 737 – despenhou-se na madrugada de quarta-feira com 176 pessoas a bordo. Não há sobreviventes. Entre as vítimas estão 83 iranianos, 63 canadianos, 11 iranianos, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos.

O acidente ocorreu pouco depois de o avião ter descolado do aeroporto de Teerão e horas depois do lançamento de mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

Presidente da Ucrânia declara dia de luto

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, declarou este dia 9 de janeiro de 2020 dia de luto nacional pela queda do avião das linhas aéreas ucranianas.

Numa declaração na televisiva, Volodymyr Zelenskiy anunciou que o governo está a analisar as várias causas possíveis para o acidente e pediu às pessoas que se abstenham de manipular, especular ou avançar teorias da conspiração e avaliações precipitadas sobre o acidente.

Zelenskiy, que na quarta-feira terminou uma visita a Omã, colocou flores no aeroporto de Boryspil, onde o avião caiu.

"Sem dúvida, a prioridade da Ucrânia é identificar as causas do acidente de avião. Certamente descobriremos a verdade. Para esse fim, uma investigação completa e independente será conduzida de acordo com o direito internacional", afirmou.

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