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Mais problemas

Avião Boeing perde cobertura do motor na descolagem em Denver

07 abr, 2024 - 18:45 • João Pedro Quesado com Reuters

FAA abriu investigação ao incidente. 2024 tem sido um ano problemático para a Boeing, depois de um 737 Max 9 da Alaska Airlines ter perdido, no primeiros dias de janeiro, um painel da fuselagem pouco depois da descolagem.

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Mais um problema num avião Boeing. Um voo da companhia aérea norte-americana Southwest Airlines foi obrigado a aterrar de emergência este domingo, depois de perder a cobertura do motor da asa direita durante a descolagem, no aeroporto internacional de Denver.

Segundo a entidade reguladora da aviação dos Estados Unidos da América (a FAA), o voo WN3695 foi obrigado a voltar ao aeroporto de Denver, no estado do Colorado, depois de a tripulação relatar a perda da cobertura do motor durante a descolagem.

A tripulação do Boeing 737-800, que partiu em direção a Houston, no Texas, alertou ainda que as peças da cobertura tinham atingido parte da asa do lado direito da aeronave.

Nenhum passageiro ficou ferido. A FAA anunciou a abertura de uma investigação ao incidente - segundo os registos da entidade, a aeronave em causa entrou em operação em 2015.

2024 tem sido um ano problemático para a Boeing, depois de um 737 Max 9 da Alaska Airlines ter perdido, no primeiros dias de janeiro, um painel da fuselagem pouco depois da descolagem.

A seguir a inspeções imediatas e ao cancelamento de 350 voos, foi detetado equipamento "mal fixado" nos aviões do mesmo modelo. O caso levou a FAA a anunciar uma auditoria às linhas de produção da Boeing, com o modelo a ser autorizado a voltar a voar no fim de janeiro. A empresa aeronáutica está a produzir abaixo dos 38 aviões Max por mês que a FAA permite, e o Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação criminal ao incidente de janeiro.

Em fevereiro, o líder do programa de aviões 737 Max foi despedido, e a FAA deu à empresa 90 dias para desenhar um plano que resolva os "problemas sistémicos de controlo de qualidade para cumprir os padrões de segurança não-negociáveis". Em 11 de março, um denunciante dos padrões de segurança da Boeing foi encontrado morto, num aparente suicídio.

No mesmo dia, um voo da Latam Airlines, num Boeing 787-9 Dreamliner, perdeu repentinamente altitude durante um voo, provocando ferimentos em 50 pessoas. No dia anterior, um Boeing 777 da United Airlines perdeu uma roda de um dos trens de aterragem durante a descolagem.

A 16 de março, outro Boeing da United, um 737-800, aterrou em Oregon com um painel da fuselagem em falta.

Antes de 2024, a Boeing passou por graves problemas, quando toda a frota de aviões 737 Max foi impedida de voar durante mais de um ano e meio em todo o mundo. A proibição foi a resposta a dois acidentes fatais - dos voos 610 da Lion Air (outubro de 2018) e 302 da Ethiopian Airlines (março de 2019) - em circunstâncias semelhantes, devido a falhas no design, na construção e na certificação de segurança dos aviões.

[notícia atualizada às 23h49]

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