28 jul, 2019 - 20:14 • Redação, com agências
Pelo menos 65 foram assassinadas na Nigéria. O ataque aconteceu no sábado, durante um funeral, e está a ser atribuído ao grupo radical islâmico Boko Haram.
A notícia foi avançada este domingo pela agência Reuters, que cita uma fonte dos serviços de segurança e uma testemunha.
Os terroristas invadiram uma aldeia no estado de Borno, na região nordeste do país, e abriram fogo contra as pessoas que estavam num funeral.
Fazendo-se transportar em carrinhas e motorizadas, os jihadistas também atacaram outra aldeia, mas o número de vítimas não é ainda conhecido.
O estado de Borno é o epicentro das ações do Boko Haram, grupo terrorista que começou a ficar conhecido há uma década.
Em julho de 2009, as operações contra o Boko Haram, que então se dedicava principalmente à oração, mataram centenas de membros do grupo, incluindo o seu líder espiritual, Muhammed Yusuf, numa manobra que se baseou no receio de que a presença da al-Qaeda pudesse empurrar os nigerianos muçulmanos para um caminho de violência.
Após a repressão pelas forças de segurança poucos esperavam o restabelecimento do grupo cujo nome significa “a educação ocidental é blasfémia”.
Abubakar Shekau liderou esta reforma, alterando a dinâmica do grupo e transformando-o num grupo com uma ideologia extremista.
Desde então o Boko Haram expandiu-se para a região do lago Chade, tendo sido responsável, no último ano, por ataques na Nigéria, Camarões, Chade e Níger.
Desde 2009, o número de vítimas mortais provocadas pelo grupo ultrapassou os 30.000, com alguns observadores a estimarem mais de 70.000 mortos como consequência direta dos conflitos.
Segundo as Nações Unidas, as ofensivas do grupo provocaram ainda aproximadamente dois milhões de deslocados.
O grupo alcançou maior reconhecimento internacional em 2014, com o rapto de 276 raparigas de escolas na cidade de Chibok, estado de Borno.
[notícia atualizada às 23h08 - número de mortos sobe de 30 para 65]