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Merkel confirma adeus à liderança da CDU e da Alemanha

29 out, 2018 - 12:51

O anúncio era para ser feito só na próxima semana, mas os órgãos de comunicação social anteciparam-no. Já há candidatos à sucessão.

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A Chanceler alemã confirma que não se recandidatará à liderança da CDU (União Democrática Cristã) em dezembro. Angela Merkel esteve à frente do partido durante 13 anos.

“Primeiro: no próximo congresso da CDU, em Hamburgo, não serei novamente candidata à presidência”, afirmou aos jornalistas, depois da reunião com a direção do partido.

“Segundo: este quarto mandato será o último enquanto Chanceler alemã. Nas eleições federais de 2021, não serei candidata nem para o cargo de deputada no Bundestag. E não procurarei mais cargos políticos”, concluiu.

A decisão foi tomada antes do verão, afirmou Merkel, e o anúncio deveria ser feito na próxima semana, mas foi avançado já hoje por alguns órgãos de comunicação social, acabando por ser confirmado pela própria chanceler.

Annegret Kramp-Karrenbauer e Jens Spahn já avançaram com uma candidatura à substituição de Merkel na liderança do partido, mas a ainda chanceler rejeita apoiar qualquer candidato, argumentando que não pretende influenciar. Todavia, o sucessor mais provável, de acordo com vários analistas, é Friedrich Merz.

Na conferência de imprensa, Angela Merkel admitiu que o Brexit e as tensões entre EUA e Rússia foram os dois assuntos que mais a marcaram enquanto chanceler. Quanto à Zona Euro, a líder alemã não prevê grandes mudanças, mesmo com alterações no Parlamento alemão.


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  • Manuel da Bairrada
    29 out, 2018 portugal 18:20
    Se há políticos que vão deixar saudades, Angela Merkel (Mãe Europa), será uma delas! Paz, prosperidade e luta em prol dos direitos humanos são algumas das sua marcas. No plano internacional, usou com sabedoria a vertente económica para uma aproximação à Rússia e se falhas houveram não é à Mãe Europa que se deve apontar o dedo. Também fruto das suas políticas e em colaboração com outros países conseguiu-se "estimular" a China para que caminha-se na direcção de uma economia de mercado. com esse objectivo em marcha, consegui-se igualmente afastar a China da esfera de influência Russa. Com a entrada em cena de trump em menos de nada esse esforço esfumou-se... Hoje até já há "jogos de guerra" em solo europeu, entre os aliados Rússia e China. Pena é que a sabedoria de Angela Merkel não seja contagiosa... Contra egoísmos, falta de visão política para além do próprio quintal (bem as vezes essa miopia desgraça o próprio quintal ) ninguém resiste. Ainda havemos de chorar pela saída de Angela Merkel...
  • FERNANDO MACHADO
    29 out, 2018 PORTO 15:37
    POR CÁ, NÃO É ASSIM, ANTES PELO CONTRÁRIO. A PEDIDO DE VÁRIAS FAMÍLIAS A CHANCELER FEZ MUITO BEM E, QUEM VIER ATRÁS QUE FECHE A PORTA.

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