07 set, 2018 - 06:50
Foram divulgadas as primeiras declarações de Jair Bolsonaro, depois de ter sido esfaqueado durante uma ação de campanha, na quinta-feira. Num vídeo gravado no hospital, o candidato à presidência do Brasil conta que sentiu o que parecia “apenas uma pancada”.
Bolsonaro comparou o momento a uma bolada num jogo de futebol. “A dor era insuportável e parecia que estava a acontecer algo mais grave”, disse num vídeo gravado no quarto do hospital pelo senador Magno Malta, que foi visitá-lo.
Com algumas dificuldades em falar, mas já livre de perigo após uma cirurgia, o candidato presidencial revelou que estava a preparado para um ataque destes, porque sabia que corria riscos, mas realça que "nunca fez mal a ninguém".
Num outro vídeo, o filho Eduardo Bolsonaro afirma que a faca “entrou 12 centímetros”. “É um milagre ele estar vivo, se demorasse mais cinco minutos a chegar ao hospital, teria morrido”, disse.
Na mesma gravação, o filho de Jair Bolsonaro levanta suspeitas sobre a participação de outras pessoas no crime.
O agressor foi detido em flagrante pela Polícia Federal, que fazia a segurança do candidato. Trata-se de Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, que esteve filiado no PSOL entre 2007 e 2014. Segundo os jornais brasileiros, terá dito à polícia que agrediu o candidato “a mando de Deus”.
Jair Bolsonaro deve ficar internado entre 7 a 10 dias. Em conferência de imprensa, um dos médicos responsáveis pela cirurgia revelou que “as lesões internas foram graves e colocaram em risco a vida do paciente”. A lesão no intestino grosso é a que merece mais preocupação por parte dos clínicos.
O candidato à presidência do Brasil, que lidera as intenções de voto depois do impedimento de Lula, foi esfaqueado durante uma ação de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Vários adversários políticos de Bolsonaro, também candidatos presidenciais, condenaram o ataque.