15 ago, 2018 - 20:07
O Presidente dos Estados Unidos retirou o nível de segurança a John Brennan, um antigo diretor da CIA.
A notícia foi confirmada aos jornalistas pela porta-voz da Casa Branca.
Sarah Sanders leu um comunicado de Donald Trump em que este lembra que tem como missão “proteger as informações secretas do país e controlar o seu acesso”.
A possibilidade de retirar o acesso a Brennan já vinha sendo falado desde julho, mas só agora foi efetivado.
É uma medida sem precedentes de um Presidente norte-americano. É hábito os anteriores diretores da CIA manterem os acessos, até para aconselharem os sucessores.
Segundo a CNN, Dan Coats, o atual diretor dos serviços secretos, não foi consultado por Trump para a tomada desta decisão.
Desde que deixou o cargo no FBI, Brennan tem feito muitas críticas à Administração Trump.
No mês passado, Brennan condenou o inquilino da Casa Branca, após o encontro deste, em Helsínquia, com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante o qual o multimilionário norte-americano adotou uma postura considerada demasiado conciliadora em relação ao dirigente do Kremlin.
Brennan, diretor da CIA entre 2013 e 2017, classificou a "performance" de Donald Trump na capital finlandesa como "nada menos que um ato de traição".
"Não só as afirmações de Trump foram imbecis, como ele está totalmente nas mãos de Putin", escreveu o antigo diretor da CIA na sua conta da rede social Twitter.
John Brennan reafirmou igualmente, em diversas ocasiões, a realidade de uma ingerência russa nas eleições presidenciais de 2016, rejeitando as dúvidas avançadas por Trump sobre essa questão.