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Catalunha. Puigdemont e quatro ex-ministros alvo de mandado de detenção europeu

03 nov, 2017 - 01:01

Os cinco elementos do deposto governo da Catalunha estão na Bélgica. Outros nove ex-membros da generalitat estão também a ser acusados dos delitos de rebelião, sedição e desvio de fundos.

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Um juiz espanhol emitiu um mandado de detenção europeu contra o presidente destituído da região autónoma da Catalunha, Carles Puigdemont, que não compareceu a uma audição na Audiência Nacional, anunciou o seu advogado.

"O meu cliente acabou de me dizer que [o mandado de detenção] foi emitido contra o presidente e quatro ministros que estão na Bélgica", afirmou o advogado belga Paul Bekaert.

O advogado, em declarações à televisão VRT, confirmou que agora vai ser enviado um pedido de extradição.

"Isto significa, na prática, que a justiça espanhola enviará agora um pedido de extradição ao Ministério Público federal em Bruxelas", acrescentou.

Carles Puigdemont e quatro ex-ministros do executivo catalão não compareceram esta quinta-feira a uma audição na Audiência Nacional em Madrid para prestar declarações por estarem ausentes no estrangeiro.

Estes cinco elementos e outros nove ex-membros do governo regional da Catalunha estão a ser acusados dos delitos de rebelião, sedição e desvio de fundos, arriscando-se a penas que poderão ir até 30 anos de prisão.

A juíza da Audiência Nacional decretou também a prisão preventiva de oito ex-membros do governo catalão que se apresentaram para ser ouvidos, incluindo o ex-vice-presidente do governo autónomo da Catalunha, Oriol Junqueras.

Ao ex-ministro regional Santi Vila, que se tinha demitido do cargo poucas horas antes de ao governo regional da Catalunha ter sido destituído, por decisão do Governo espanhol de Mariano Rajoy, foi-lhe imposta uma medida de coação que lhe dá a possibilidade de pagar 50 mil euros e esperar o julgamento em liberdade.

O parlamento regional da Catalunha aprovou na passada sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupava.

No mesmo dia, o executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de Dezembro próximo e a destituição de todo o governo catalão, entre outras medidas.

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  • mendes
    03 nov, 2017 braga 15:26
    as leis existem para serem cumpridas e os politicos nao podem estar acima das leis mas para as esquedalhas eles estao acima das leis nos regimes comunistas prendem matam quem se lhes impoe nos paises nao comunistas eles nao podem ser presos dois pesos duas medidas
  • Pedro Silva
    03 nov, 2017 Lisboa 14:24
    O que procura Mariano Rajoy em Espanha? Reviver o franquismo, tal como este foi vivido, através de prisões, perseguições e intolerância? Para onde quer ir Espanha no século XXI? Para o passado, revivendo a justiça dos tribunais da inquisição e o império dos Filipes? Aquilo que estamos a assistir, neste momento, é uma autêntica vergonha.
  • imperialismo
    03 nov, 2017 Santarém 11:32
    Uns já estão presos os outros irão a seguir, será a continuidade do regime fascista de Franco com prisioneiros políticos, só resta agora a pena de morte que possivelmente também virá!.

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