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​Revés no Brexit? Tribunal chuta para o Parlamento activação do artigo 50

03 nov, 2016 - 10:29

Governo britânico pretende activar o artigo 50 até Março do próximo ano.

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O Supremo Tribunal britânico anunciou esta quinta-feira que a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia só pode ser formalizada junto das instâncias europeias depois da sua aprovação pelo Parlamento de Londres.

"O Tribunal não aceita o argumento avançado pelo Governo" sobre a inutilidade de uma votação parlamentar dado o resultado do referendo, anunciaram os três juízes experientes do Supremo, que analisaram as queixas que argumentavam que, se o Reino Unido aderiu à União Europeia por decisão do Parlamento, só o mesmo Parlamento pode decidir sobre a saída.

A decisão vai contra o que tem sido defendido pelo Governo britânico. O executivo de Theresa May já decidiu recorrer da decisão, tendo sido marcada uma audiência entre 5 e 8 de Dezembro.

Nigel Farage, líder do partido UKIP, favorável ao Brexit, diz que o país "caminha para um meio-brexit" e que está "cada vez mais preocupado", dando conta da possibilidade do parlamento travar a decisão saída do referendo.

O Reino Unido decidiu a 23 de Junho, por uma maioria de 52% em referendo, a desvinculação da União Europeia. O actual Governo, liderado por Theresa May, estabeleceu o final de Março do próximo ano como data limite para activar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que desencadeia a saída formal do espaço comunitário.

O processo de negociação deverá prolongar-se por dois anos.

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  • Vasco
    04 nov, 2016 Santarém 21:56
    Só espero que todas estas jogadas politicas não se venham a traduzir num revés do que foi decidido até aqui porque por um lado os ingleses arriscam-se a ficar muito mal no filme e por outro se a UE aceder ao retrocesso da decisão acabará também ela por perder a pouca credibilidade que ainda tem.
  • António Costa
    03 nov, 2016 Cacém 16:38
    Evidentemente que saber até que ponto o referendo é vinculativo ou não, depende das Lei Britânica. O referendo é um recurso, quando existem dúvidas, se o parlamento reflete ou não a vontade popular numa dada matéria. Só se recorre ao referendo nestes casos e a votação serve para "conhecer a vontade" dos eleitores. O que se pode fazer é estabelecer "regras" como. qual a participação mínima no referendo ou o valor mínimo que a "maioria" deve obter. Mas estas decisões tomam-se antes do referendo. É uma decisão que afeta as pessoas do RU, não nos próximos 4 anos, mas toda a economia e a geração seguinte. As pessoas apenas"trocaram" os vizinhos polacos ou espanhóis pelos originários da Commonwealth. Só. Na economia ainda vai levar algum tempo.
  • JOTA
    03 nov, 2016 15:32
    Pois é... esta situação deve estar a preocupar o be e pcp, quando enchiam a boca a pedir a saida de portugal, dado que atribuiram todos os nossos males a bruxelas. mas pelos vistos os ingleses já estao a ver as coisas mal paradas para os lados deles ,como por exemplo a economia a cair,a libra a desvalorizar etc, etc.será que ainda pençam assim esses eluminados ignorantes?.
  • alou
    03 nov, 2016 viseu 11:45
    Nunca mais se pode confiar no Reino Unido para nada, falsos !!!!
  • Fred
    03 nov, 2016 Lx 11:43
    O pais mais responsavel por massacres e injusticas em 2/3 do planeta votou na saída por puro racismo. Nao merecem nada, nao valem nada, negociar porque?
  • AM
    03 nov, 2016 Lisboa 11:31
    Pois, e quem fecha a porta, tem que a abrir, ou tocar á campainha. Antes de sairem não falavam "n´outra" coisa, e quanto mais choram....

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