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Terminou a guerra na Colômbia que já durava há mais de meio século

27 set, 2016 - 01:01

No discurso proferido após a assinatura do acordo, o líder das FARC saudou o início de “uma nova era de reconciliação” e pediu perdão às “vítimas do conflito”.

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Assinado acordo de paz na Colômbia. É o fim de meio século de guerra
Assinado acordo de paz na Colômbia. É o fim de meio século de guerra

O Governo da Colômbia e a guerrilha das FARC assinaram esta segunda-feira um acordo histórico para pôr fim a mais de meio século de um conflito armado que fez centenas de milhares de mortos e desaparecidos.

O Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño, chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, marxistas), mais conhecido pelo nome de guerra “Timoleon Jimenez” ou “Timochenko”, assinaram este acordo de 297 páginas, numa cerimónia solene em Cartagena das Índias (norte).

O acordo, conseguido ao fim de quase quatro anos de diálogos entre o Governo e as FARC, em Havana, foi assinado perante mais de 2.500 convidados, incluindo 15 Presidentes.

O documento foi assinado primeiro por Londoño e depois por Santos, com canetas feitas a partir de balas. No final, os dois homens cumprimentaram-se e trocaram algumas palavras com um sorriso nos lábios.

No discurso proferido após a assinatura do acordo, o líder das FARC saudou o início de “uma nova era de reconciliação” e pediu perdão às “vítimas do conflito”.

“Estamos a renascer para dar início a uma nova era de reconciliação e de construção da paz”, disse Rodrigo Londoño.

Antes da cerimónia, Juan Manuel Santos escreveu na rede social Twitter: “Hoje vivemos a felicidade de um novo amanhecer para a Colômbia, uma nova fase da nossa história - a de um país em paz!”.

Os convidados, vestidos de branco, agitaram lenços para marcar a assinatura do acordo, enquanto um grupo de aviões da força aérea colombiana desenhava, nos céus de Cartagena das Índias, a bandeira colombiana.

A cerimónia, na presença do presidente de Cuba, Raul Castro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, entre outros, prolongou-se por 70 minutos.

Comentários
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  • Jose trindade
    28 set, 2016 Colombia 17:23
    Um novo amanhecer que o povo colombiano bem merece Com a consciência de quem aqui vive do que isso significa e com a esperança e vontade de quem acreditou quando nao se via esperanças Desejo a este povo e esta terra maravilhosa. Que me deu acolhimento um futuro brilhante Jose trindade pereira Floridablanca Santander Colômbia
  • José Proença
    27 set, 2016 Castelo Branco 09:32
    Inteligência é a capacidade que o homem e a mulher têm para se adaptarem a novas situações e ultrapassarem as suas divergências através do dialogo, ainda que haja cedências de parte a parte. Este dois homens são inteligentes. Haja mais!!!!
  • António Costa
    27 set, 2016 Cacém 07:06
    Será mesmo? Esperemos que sim, pois o povo da Colômbia bem o merece, depois de tanto sofrimento. É assim, quando os patrocinadores da violência deixam de existir, a Paz, a verdadeira, pode sempre ser realizada entre os atores no terreno! A mesma sorte não tem a Síria, que como um dos aliados da ex-URSS sofreu o ataque militar por parte das Ditaduras Religiosas aliadas dos EUA.

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