19 set, 2016 - 17:36
O Governo turco despediu perto de 28 mil professores da profissão, impedindo-os de poder ensinar, por alegadas “ligações ao terrorismo”. Quase dez mil outros - 9.465 professores - foram suspensos pela mesma razão.
Os dados foram revelados esta segunda-feira pelo vice-primeiro-ministro Nurettin Canikli, que falava depois de uma reunião com outros elementos do Governo.
Ao todo são quase 38 mil os professores que se vêem afastados de poder dar aulas no país devido a esta decisão. A Turquia tem procurado agir contra elementos do autoproclamado “Estado Islâmico” nos últimos meses, depois de vários atentados no seu território, mas também costuma apelidar os partidários do clérigo exilado Fetullah Gulen, que defende uma visão pluralista e tolerante do Islão mas opõe-se ao Governo de Erdogan, de terroristas, sobretudo depois do Golpe de Estado falhado de 15 de Julho, pelo qual o Governo culpa o movimento de Erdogan.
Desde o atentado dezenas de milhares de funcionários públicos, incluindo juízes, polícias e militares, foram sanados das suas profissões pelo Governo, ao abrigo da “luta contra o terrorismo”.
Nas mesmas declarações à imprensa, Canikli afirmou que outros 445 professores previamente suspensos tinham sido reinstalados depois de terem sido feitos inquéritos sobre a sua situação.