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Votos por correspondência acabam com sonho da extrema-direita na Áustria

23 mai, 2016 - 16:13

Hofer já assumiu publicamente a derrota, lamentando não ter a possibilidade de liderar a Áustria nos próximos anos.

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Foi por pouco, mas os austríacos acabaram por decidir não eleger o primeiro Presidente de extrema-direita no país desde o fim da II Guerra Mundial.

Apesar de gozar de uma ligeira vantagem nas sondagens, o candidato do Partido da Liberdade Norbert Hofer acabou por conseguir apenas 49,7% dos votos, ligeiramente abaixo de Alexander Van Der Bellen, do partido de esquerda “Os Verdes”, que conseguiu 50,3%.

O novo Presidente da Áustria venceu com uma vantagem de apenas 31 mil votos, num total de 4,5 milhões de eleitores que participaram nas eleições.

A diferença acabou por ser feita pelos votos por correspondência, cuja contabilização apenas terminou esta segunda-feira. Ao fechar das urnas no domingo os dois candidatos estavam com um empate técnico.

Hofer já assumiu publicamente a derrota, com uma nota na sua conta do Facebook. “Claro que estou triste hoje. Gostaria de ter tomado conta do nosso maravilhoso país por vocês, como Presidente”.

O director de campanha aponta baterias já para as próximas legislativas. “Estamos muito bem posicionados para as eleições, quando elas surgirem”, declarou Herbert Kickl.

O líder do Partido da Liberdade, Heinz-Christian Strache, disse no Facebook que “isto é apenas o princípio”.

O mandato do actual Governo austríaco termina em 2018. De acordo com as sondagens, se as eleições fossem agora, ganhava a extrema-direita.

A vitória de Alexander Van Der Bellen evita um embaraço para o sistema político europeu, cada vez mais acossado por partidos populistas que têm aproveitado a crise económica e a chegada de refugiados para ganhar terreno junto do eleitorado descontente.

Através da rede social twitter, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, confessou que sentiu um “alívio” por ver que os “austríacos rejeitaram o populismo e o extremismo”.

[notícia actualizada às 18h49]

Comentários
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  • Pinto
    23 mai, 2016 Custoias 23:16
    A extrema direita um dia vai superar o domínio do poder, tudo devido às invasões de refugiados muçulmanos, tudo associado ao terrorismo que temos assistido nos últimos tempos feitos por gente muçulmana.
  • Marco Almeida
    23 mai, 2016 Bruxelas 20:18
    Cheira-me a esturro o resultado destas eleições
  • António Costa
    23 mai, 2016 Cacém 19:54
    "...apenas 49,7% ?" O "apenas" são praticamente, metade dos votos, ou seja metade dos eleitores austríacos votou na extrema-direita! Eram partidos quase sem significado, apenas há uns anos.....Com Donald Trump a "varrer" os republicanos nos EUA, as forças politicas "tradicionais" vão ter de tirar a cabeça "debaixo da areia" ( não, não precisam de ir ao oftalmologista, basta que abram os olhos...) e não me parece que o problema seja esquerda/direita.
  • Ó manel, lisboa
    23 mai, 2016 pt 18:54
    Está a precisar de ir urgentemente ao oftalmologista!...mudar de lentes! Ou então a uma consulta de psiquiatria!
  • Manuel
    23 mai, 2016 Lisboa 17:47
    Estes esquerdistas acabarão por dar cabo da europa. Com as politicas de esquerda de abertura para todos independentemente da sua origem irão acabar por dar cabo do pouco de bom que existe.
  • António Ribeiro da S
    23 mai, 2016 Guimaraes 17:42
    Acham isto uma derrota da direita? Não se tiram conclusões? A verdade é que metade dos austriacos votaram da forma que se sabe. Como sabem é um povo que se pode considerar bastante evoluída...não falem em populismo mas acautelemo-nos e tiremos lições.
  • Felizmente!
    23 mai, 2016 lx 17:27
    Os austriacos tiveram bom senso!...A Europa tem de mudar e voltar aos seu esprito inicial de formação! A direita, com a ajuda de pseudo "socialistas", que se apoderou dos destinos e das instituições da União Europeia, para impor politicas de austeridade e sofrimento, através de burocratas manietados, tem de mudar rapidamente! A verdadeira social democracia tem de voltar a assumir o controlo, num novo ciclo que se precisa como pão para a boca!

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