22 fev, 2016 - 14:48
A mais recente actualização da Direcção-Geral de Saúde, divulgada esta segunda-feira, regista o sétimo caso de infecção pelo vírus Zika em Portugal. Trata-se de uma mulher, que regressou do Brasil.
A DGS informa que "recebeu notificação do sétimo caso importado com confirmação laboratorial realizada pelo Instituto Ricardo Jorge".
O site lembra que "não há notificação de casos autóctones no continente europeu. No entanto, casos importados têm sido, esporadicamente, reportados". Todos em viajantes regressados da América Latina.
O Zika é um vírus transmitido por mosquitos, inicialmente identificado no Uganda, em 1947. Mais tarde foi identificado em seres humanos, em 1952, no Uganda e na Tanzânia. Actualmente, têm-se registado surtos da doença nas Américas, África, Ásia e Pacífico.
A Organização Mundial de Saúde prevê uma propagação "explosiva" no continente americano, com entre três e quatro milhões de casos este ano. No Brasil, há já 1,5 milhões de casos registados.
Está ainda a ser investigada a possível associação entre a infecção por vírus Zika e a microcefalia diagnosticada em fetos e recém-nascidos, bem como com a associação entre esta infecção e a síndrome de Guillain-Barré. A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebé.
A doença é causada por um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes. As pessoas com a doença do vírus Zika têm, normalmente, febre ligeira, erupção da pele (exantema) e conjuntivite. Estes sintomas duram, normalmente, 2-7 dias. Actualmente, não existe qualquer tratamento específico ou vacina.