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TAP. Indemnização a Alexandra Reis é apenas a “ponta do iceberg”, diz sindicato

26 abr, 2023 - 17:01 • Manuela Pires , Diogo Camilo

Comissão de Inquérito à gestão da TAP está a ouvir os quatro sindicatos de trabalhadores da TAP. Ricardo Penarróias, do SNPVAC, diz que nunca teve contacto com a gestora contratada pela TAP para ser responsável pelos tripulantes de cabina.

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O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarróias, acredita que a indemnização da TAP a Alexandra Reis é apenas a “ponta do iceberg” entre compensações na companhia aérea.

Ouvido na comissão parlamentar de inquérito, o sindicalista diz existirem “saídas questionáveis” da TAP.

“Oficialmente não conheço nenhum [processo]. Mas a verdade é que, o que ouvimos falar nos corredores da TAP é que a indemnização da Alexandra Reis é a ponta do iceberg. Onde há fumo, há fogo”, disse.

Questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre os 9 milhões de euros pagos pela Ryanair à Segurança Social - contra os 129 milhões pagos pela TAP-, Penarróias indicou que o Governo permite que a companhia aérea “opere ilegalmente” em Portugal.

“Essa é a demonstração cabal de que o Estado português deixa uma empresa operar ilegalmente em Portugal. A Ryanair tem um contrato de empresa assinado com outro sindicato com cláusulas inconstitucionais e ilegais”, denunciou o representante do SNPVAC.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil é o primeiro de quatro sindicatos de trabalhadores da TAP a ser ouvido esta tarde na comissão de inquérito à gestão da companhia aérea.

Ricardo Penarróias deu ainda conta de que nunca teve contacto com a gestora contratada pela TAP para ser responsável pelos tripulantes de cabina, a polaca Karolina Tiba, e que, segundo o deputado do Chega Filipe Melo, terá um salário de cerca de 12 mil euros por mês.

“A verdade é que nunca tive contacto com ela, o que é estranho porque sou tripulante de cabina e presidente de um sindicato. Era importante e produtivo termos uma reunião, mas o que me disseram é que ela nem sequer está em funções na companhia e já nem está na TAP”, referindo-a como “diretora fantasma”.

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