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Ex-CEO da TAP vai processar o Estado

21 abr, 2023 - 13:20 • Ricardo Vieira

Christine Ourmières-Widener, cujo mandato só terminava em 2026, não aceita a justa causa e vai pedir uma indemnização avultada nos tribunais, avança a SIC Notícias.

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A ex-presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener deu instruções aos seus advogados para avançar com um pedido de indemnização nos tribunais, noticiou esta sexta-feira a SIC Notícias. Uma fonte próxima do processo contactada pela Renascença não confirma a informação.

Christine Ourmières-Widener foi demitida em março pelo Governo, que alegou justa causa para afastar a CEO da companhia aérea.

Segundo a SIC Notícias, a gestora deu instruções aos seus advogados para avançar com um processo contra o Estado, enquanto acionista da TAP.

Christine Ourmières-Widener, cujo mandato só terminava em 2026, não aceita a justa causa e vai pedir uma indemnização avultada nos tribunais.

O ministro da Finanças, Fernando Medina, esclareceu na quinta-feira que não existe qualquer parecer jurídico adicional sobre despedimento da ex-CEO da TAP.

"Os motivos que levam à demissão do presidente do conselho de administração e da presidente executiva da empresa são muitos claros e são aqueles que decorrem no seu fundamental das conclusões do relatório da IGF [Inspeção-Geral de Finanças]. Não há nenhum parecer adicional", declarou Fernando Medina.

Para o ministro, o parecer da Inspeção-Geral de Finanças, onde são apontadas ilegalidades, é suficiente.

"Não há nenhum parecer adicional, nem se justifica nenhum parecer adicional. O relatório da IGF conclui pela existência de uma ilegalidade grave num pagamento. Não estou a discutir a culpa, se houve atenuantes, se foi com intensão ou não foi. Estou a falar sobre o ato em cima. Alguém pagar indevidamente a alguém 500 mil euros dentro de uma empresa pública foi considerado uma ilegalidade pela IGF e uma ilegalidade grave", sublinha Fernando Medina.

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  • Anastácio José Marti
    21 abr, 2023 Lisboa 12:57
    Se a Justiça for feita, o Estado será mais uma vez condenado a pagar uma indemnização choruda, pelas incompetências, irresponsabilidades e prepotências de políticos que nunca nada souberam fazer, o país e os portugueses que o digam, pena ´r que os prevaricadores desta realidade, não paguem o valor que vier a ser definido do seu próprio bolso, como o deveria ser, pois enquanto assim não for, o país será sempre vítima deste conjunto de políticos que como os factos nos provam diariamente, nada souberam dar ao país e ainda arranjaram formas de o país além de lhes ter pago para nada de responsável e competente terem feito, ainda vai ter de pagar a terceiros, pelas irresponsabilidades e incompetências de atos ilegalmente assumidos, pois o foram em cima do joelho e apenas e só porque dava jeito a alguns e algumas que apenas usam a política em seu proveito e nunca para servir o país e o povo. Palavras para quê uma vez que há muito que não há vergonho alguma da parte dos que cometem estes atos.

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