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Crédito à habitação. Juro implícito volta a subir e atinge máximo de 14 anos

19 dez, 2023 - 11:58 • Lusa

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,5 pontos base

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A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a subir em setembro, para 4,270%, o valor mais elevado desde março de 2009 e 18,1 pontos base acima da de agosto, divulgou esta terça-feira o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,5 pontos base, de 4,331% em agosto para 4,366% em setembro, o valor mais elevado desde abril de 2012.

Para o destino de financiamento "aquisição de habitação", o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,247% (+18,0 pontos base face a agosto). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,1 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,351%.

Considerando a totalidade dos contratos, em setembro, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 386 euros, mais sete euros do que em agosto e mais 114 euros do que em setembro de 2022 (aumento de 41,9%).

Deste valor, 226 euros (59%) correspondem a pagamento de juros e 160 euros (41%) a capital amortizado - em setembro de 2022, a componente de juros representava apenas 21% do valor médio da prestação (272 euros).

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu cinco euros em setembro face ao mês anterior, para 628 euros, o que representa um aumento de 33,3% face ao mesmo mês do ano anterior.

Em setembro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 222 euros face ao mês anterior, fixando-se em 63.962 euros.

Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 123.392 euros, mais 428 euros do que em agosto.

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