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Secreta americana pagou a gigantes da internet para espiar

23 ago, 2013 - 23:21

Entre as companhias tecnológicas que receberam milhões de dólares da NSA estão o Google, o Yahoo, a Microsoft e o Facebook.

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A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla inglesa) pagou milhões de dólares a empresas tecnológicas que colaboraram num programa secreto de vigilância.

De acordo com documentos secretos citados pelo jornal britânico “The Guardian”, entre as companhias ligadas ao negócio da internet que receberam dinheiro estão o Google, o Yahoo, a Microsoft e o Facebook.

O pagamento de milhões de dólares foi efectuado depois do tribunal Foreign Intelligence Surveillance Act (FISA) ter deliberado que algumas actividades da NSA violavam a Constituição americana.

O FISA autorizou, em Outubro de 2011, a recolha de dados das comunicações internacionais, no entanto, considerou ilegal o acesso a mensagens trocadas por cidadãos americanos que não sejam suspeitos de terrorismo.

As verbas pagas pela NSA a empresas como Google, Yahoo, Microsoft ou Facebook serviram para estas companhias obterem uma nova certificação e criarem programas informáticos que distinguissem se as mensagens trocadas na internet eram provenientes do estrangeiro ou internas.

No processo de Outubro de 2011, desclassificado quarta-feira pela administração norte-americana, foi decidido que a incapacidade da NSA para separar entre comunicações domésticas e o tráfego internacional violava a quarta emenda da Constituição.

Apesar de a decisão não dizer directamente respeito ao programa secreto “PRISM”, documentos entregues ao jornal “The Guardian” pelo antigo analista dos serviços secretos  Edward Snowden descrevem os problemas criados para a NSA pela deliberação do tribunal e os esforços desenvolvidos para garantir a legalidade da operação.

De acordo com o “The Guardian”, os documentos são a primeira prova da existência de uma relação financeira entre a secreta norte-americana e grandes companhias ligadas ao negócio da internet.

A NSA desenvolveu um programa ultra-secreto de espionagem que tem acesso a emails e a registos telefónicos. O sistema "PRISM" foi denunciado pelo analista informático Edward Snowden.

Os Estados Unidos acusaram Snowden de espionagem, roubo e uso inapropriado de informações governamentais depois de ele ter revelado a existência de uma rede de espionagem global dos Estados Unidos, que monitoriza registos telefónicos e a actividade na internet de milhões de pessoas.

A denúncia deveu-se, segundo justificou, ao facto de considerar que estavam a ser cometidos exageros e atropelos à liberdade individual.

O analista fugiu e está actualmente na Rússia, graças a um visto provisório de permanência no país.

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