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Rendimento real das famílias caiu entre abril e setembro

23 dez, 2022 - 13:18 • Lusa

Dados são do Instituto Nacional de Estatística.

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O rendimento disponível real das famílias diminuiu no segundo e no terceiro trimestres deste ano, refletindo o aumento da inflação sem uma contrapartida equivalente no rendimento nominal das famílias, indicou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“No segundo e terceiro trimestre de 2022, refletindo a aceleração dos preços no consumidor sem contrapartida equivalente na variação do rendimento nominal das famílias, o RDBa [Rendimento Disponível Bruto ajustado] real das famílias diminuiu”, revela o INE.

De acordo com o organismo de estatística, o rendimento disponível bruto ajustado nominal das famílias registou um crescimento de 1% no ano terminado no terceiro trimestre deste ano, refletindo sobretudo o aumento das remunerações recebidas.

No entanto, o rendimento disponível bruto ajustado real ‘per capita’ registou uma diminuição de 0,4% no terceiro trimestre de 2022, após ter diminuído 0,1% no trimestre anterior.

Por outro lado, a despesa de consumo individual ‘per capita’ continuou a aumentar no terceiro trimestre de 2022 (variação de 0,4%), embora a uma taxa inferior ao observado nos trimestres anteriores, indica o relatório.

O INE recorda que as medidas implementadas para mitigar o impacto da pandemia permitiram manter o RDBa “com taxas de variação próximas de zero em 2020”, num período de aumento da poupança.

Com a progressiva eliminação das medidas de restrição assistiu-se ao aumento da despesa de consumo final individual a partir do segundo trimestre de 2021, “o que não foi acompanhado pelo aumento do RDBa, conduzindo à redução de poupança”.

O organismo de estatística nacional destaca que “em períodos temporais caracterizados por níveis elevados de inflação, o RDBa real per capita é mais adequado” para avaliar a situação económica e financeira das famílias.

O INE explica que o RDB ajustado real das famílias corresponde ao RDB ajustado deflacionado com o índice de preços implícito na despesa de consumo final das famílias.

Comentários
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  • ze
    23 dez, 2022 aldeia 16:51
    Cada ano que passa,mais cara é a vida,mais sacrificios se fazem,sempre a piorar,viva as politicas destes politicos mediocres que escolheram para governar Portugal.

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