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Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa quer cancelar greve

15 nov, 2022 - 16:28 • Lusa

Dois sindicatos vão manter o pré-aviso de greve par aos dias 17 e 18 de novembro.

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A administração da Autoeuropa está disponível para voltar ao diálogo e a Comissão de Trabalhadores (CT) quer cancelar as paralisações marcadas para dias 17 e 18 de novembro, mas há dois sindicatos que vão manter o pré-aviso de greve.

Segundo revelou hoje à agência Lusa o coordenador da CT da Autoeuropa, Rogério Nogueira, aquele órgão representativo dos trabalhadores entende que deve cancelar a greve e marcar presença na reunião já marcada para o próximo dia 25 de novembro.

Rogério Nogueira explicou que a posição da CT da Autoeuropa resulta da mensagem enviada a todos os trabalhadores na passada segunda-feira, em que a direção da fábrica informa que está na disposição de voltar a reunir-se com a Comissão de Trabalhadores no decorrer do atual mês de novembro.

A direção da fábrica refere também que "o objetivo é encontrar soluções para medidas salariais e ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores colmatando as dificuldades económicas, atualmente sentidas pelas famílias da Volkswagen Autoeuropa".

De acordo com a empresa, "as medidas adicionais resultantes do empenho conjunto da Volkswagen Autoeuropa e da CT, deverão ser consideradas como aditamento ao acordo laboral vigente".

A empresa garante ainda que continua empenhada em "assegurar a estabilidade dos empregos através de um diálogo construtivo".

Apesar da Comissão de Trabalhadores já ter assumido que pretende cancelar a greve, o SITE-Sul, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, e o STASA, Sindicato dos Trabalhadores do Sector Automóvel, prometem manter o pré-aviso de greve para as próximas quinta e sexta-feira.

Em comunicado hoje divulgado, o SITE-Sul considera que não lhe resta alternativa que não seja a manutenção da greve e apela aos trabalhadores para que "mantenham a firmeza e não embarquem em mensagens ilusórias".

Também em comunicado, o STASA diz que se exigem "aumentos salariais que revertam a perda do poder de compra, não declarações de intenções" da administração da fábrica da Volkswagen.

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