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CP, Metro, barcos, aeroportos. Junho é mês de greves nos transportes

01 jun, 2022 - 16:13 • Ricardo Vieira, com redação

O mês arrancou com uma paralisação na Rodoviária de Lisboa e com uma greve dos trabalhadores das bilheteiras da CP, o início de uma onda de protestos que atinge outros setores de atividade.

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Comboios, metropolitano, autocarros, ligações fluviais e aeroportos. O mês de junho vai ficar marcado por várias greves no setor dos transportes, mas não só.

Junho arrancou com uma paralisação na Rodoviária de Lisboa, que garante as ligações na zona Norte da capital, e com uma greve dos trabalhadores das bilheteiras da CP.

Ao longo de todo o mês estão previstas perturbações nos comboios da CP, devido a greves dos ferroviários.

Os sindicatos do Metropolitano de Lisboa também avançaram com pré-avisos de greve, que podem coincidir com os Santos Populares e com o Rock in Rio, festival que decorre nos dias 18, 19, 25 e 26 de junho, e que movimenta milhares de pessoas.

Os trabalhadores do handling dos aeroportos têm vários dias de greve marcadas, bem como os da Transtejo e Soflusa, que garantem as ligações fluviais entre as duas margens do Rio Tejo.

Além dos transportes, também estão previstas greves em empresas como CTT, EMEL ou Worten.

GREVES PREVISTAS PARA JUNHO

  • Rodoviária de Lisboa: Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) cumprem, no dia 1 de junho, uma paralisação de 24 horas, com início às 3h00, para reivindicar melhorias salariais.
  • CP - Comboios de Portugal: A CP alerta para perturbações em todos os serviços entre os dias 3 e 30, devido à greve dos ferroviários. Os trabalhadores reivindicam melhores salários.
  • Metro de Lisboa: O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) emitiu um pré-aviso de greve para junho, que pode colocar em risco o serviço alargado que costuma existir durante alguns eventos, como os Santos Populares e o Rock in Rio. Junho é o mês das festas populares em Lisboa e, habitualmente, as Linhas Verde e Azul ficam com o seu horário estendido. Há uma greve de 24 horas marcada para 26 de junho, último dia do Rock in Rio, e greve ao tempo extraordinário que afeta o serviço além da uma da manhã.
  • Worten: Trabalhadores das logísticas em greve, no dia 3 de junho.
  • Greve de trabalhadores da empresa Portway Handling de Portugal a 4, 11, 12, 24 e 25 de junho. Paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA).
  • Os trabalhadores da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) equacionam realizar uma greve de 24 horas no dia 9 de junho.
  • Os trabalhadores da Transtejo decidiram realizar uma greve nos dias 11 e 12 de Junho, para exigirem a reposição do poder de compra e a valorização dos salários.
  • Trabalhadores da Soflusa em greve nos dias 12 e 13 de junho.
  • STCP: O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) vai retomar as greves parciais no serviço de autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP). O pré-aviso de greve parcial abrange as últimas quatro horas de serviço entre os dias 20 de junho e 31 de outubro.
  • Greve parcial dos trabalhadores da Atlantic-Ferries/Sonae, que garante a ligação Setúbal-Troia, nos dias 11 e 12 de junho. A paralisação por melhores salários será de duas horas por turno: entre as 10h30 as 12h30, das 17h00 às 19h00 e das 22h30 às 00h30.
  • Correios: Os sindicatos representativos da maioria dos trabalhadores dos CTT anunciaram a entrega de um pré-aviso de greve de 24h00 para dia 17 de junho. Não aceitam o aumento de 7,5 euros, decidido unilateralmente pela administração.
  • Ryanair: Não há datas previstas, mas os tripulantes europeus estão descontentes e avisam que, se as condições laborais não melhorarem, haverá paralisações em junho – o que afetará Portugal, Espanha, França e Bélgica.

“Os sindicatos que representam as tripulações de cabine da Ryanair não vão hesitar em avançar com uma ação europeia este verão e avançar com greves caso não haja uma resposta por parte da empresa”, diz a nota.

  • Greve dos trabalhadores da Saúde a 1 de julho: A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) anunciou que vai convocar uma greve dos trabalhadores do setor da saúde para o dia 01 de julho.A paralisação, que abrange todos os profissionais do setor à exceção de médicos e enfermeiros, é a primeira desde o início da pandemia da covid-19 e, segundo a coordenadora da Federação, foi motivada por reivindicações antigas que continuam sem resposta. "Existe uma vontade de aderir à luta porque, na verdade, são muitos anos à espera de concretização e de resolução dos seus problemas", disse Elisabete Gonçalves em conferência de imprensa, acrescentando que “depois de tantas palmadinhas (durante a pandemia), nada se resolve”. Em concreto, a coordenadora da FNSTFPS fala em problemas que afetam auxiliares de ação médica, técnicos superiores de saúde e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, e que acentuam a instabilidade nos serviços de saúde e prejudicam o Serviço Nacional de Saúde. "São situações que poderão parecer diversas e distantes, mas que no seu conjunto criam uma desmotivação aos trabalhadores da saúde, que em termos de retenção de trabalhadores na saúde em nada beneficia", referiu.

NOTÍCIA ATUALIZADA - Anunciada greve de 24 horas no Metro de Lisboa

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