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Marcelo condecora Empresários Cristãos e pede “mais inovação e menos desigualdades”

06 mai, 2022 - 20:49 • Ana Catarina André , com redação

Na abertura do congresso nacional da ACEGE, o Presidente da República destacou o papel de associações que servem as pessoas de forma inovadora, e apelou à luta contínua pela dignidade humana, pelo crescimento com menos pobreza e por uma sociedade onde os jovens têm lugar.

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O Presidente da República condecorou esta sexta-feira a Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) pelo trabalho desenvolvido nos seus 70 anos de existência. Marcelo Rebelo de Sousa pede “mais inovação e menos desigualdades”.

O congresso nacional da ACEGE começou esta sexta-feira, na Universidade Católica, em Lisboa. É a primeira vez que o encontro decorre presencialmente desde o início da pandemia.

A edição deste ano assinala os 70 anos da ACEGE e nas palavras do presidente da associação, João Pedro Tavares, pretende ser um tempo de transformação assente na fé e nos princípios da Doutrina Social da Igreja.

Na abertura, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou a importância de os empresários continuarem a lutar pela dignidade das pessoas e por um crescimento que combata a pobreza.

“Setenta anos volvidos, a luta continua. A luta no tempo ao serviço de valores que o ultrapassam. Essa luta chama-se hoje mais dignidade das pessoas, mais crescimento com mais emprego e menos pobreza, mais inovação e menos desigualdades, mais conhecimento e menos ignorância. Mais lugar para os jovens entre nós e menos contra a sua partida, mais inclusão de quem nos chega e menos esquecimento dos nossos que partiram e lá longe cultivam a fidelidade às raízes”, declarou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel de associações como a ACEGE, que servem as pessoas de forma inovadora, e apelou à luta contínua pela dignidade humana, pelo crescimento com menos pobreza e por uma sociedade onde os jovens têm lugar.

No fim, anunciou condecorou a ACEGE com as insígnias de membro honorário da Ordem do Mérito.

À margem, e em declarações aos jornalistas, disse que o caso de Setúbal com refugiados ucranianos não põe em causa as instituições, nem a capacidade de acolhimento dos portugueses.

Quem também esteve na abertura deste congresso nacional foi D. José Ornelas. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) salientou o papel dos empresários na criação.

“Não me conforme com a ideia de que os empresários que se inspiram no Evangelho sejam o lado mau da criação e os dons de Deus. Não é sempre fácil fugir desta perspetiva dualista: ser honesto sem deixar de ter sucesso e rentabilidade. Entrar no jogo da concorrência sem eliminar os outros, mas sem abdicar de criar e transformar para melhor responder aos desafios da Humanidade”, sublinha D. José Ornelas.

O presidente da CEP salientou o papel das empresas na sociedade e convidou os empresários presentes a viverem uma responsabilidade partilhada e a cuidarem do ambiente.

Nesta sessão participou também Isabel Capeloa Gil. A reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) não esteve presencialmente no encontro, mas deixou uma mensagem em vídeo.

Isabel Capeloa Gil anunciou que a Universidade Católica irá organizar no próximo ano um encontro mundial de estudantes de economia e gestão.

A reitora sublinhou, também, a importância de optarmos por um modelo de crescimento que respeita a dignidade do ser humano.

Esta é a primeira vez em dois anos que a Associação Cristã de Empresários e Gestores se reúne presencialmente, desde o início da pandemia.

O encontro deste ano, que termina no sábado, junta na Universidade Católica, em Lisboa, líderes e empresários de todo o país.

A edição deste ano assinala os 70 anos da ACEGE e pretende ser um tempo de transformação para todos, adiantou João Pedro Tavares, presidente da ACEGE, na abertura dos trabalhos.

O VII congresso da ACEGE tem como tema “Uma realidade que transforma”. Um mote que, como explicou João Pedro Tavares, incentiva os presentes a viver uma realidade transformadora, assente na fé e nos princípios da doutrina social da Igreja.

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