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Patrões insistem no "lay off simplificado" para impedir o encerramento de empresas

23 mar, 2022 - 18:09 • Sandra Afonso

São seis as medidas apresentadas pela Confederação Empresarial de Portugal para responder ao aumento das matérias primas, a começar pelo "lay off" simplificado.

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A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apresentou, esta quarta-feira, um pacote de seis medidas para responder ao aumento das matérias primas, a começar pelo "lay off" simplificado.

O presidente da CIP, António Saraiva, sustenta que é preciso ouvir as empresas e saber o que precisam, pedindo ainda ao Governo que se deixe de “contradições", depois das diferentes posições manifestadas pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado Adjunto, João Neves, sobre o regresso do "lay-off" simplificado, porque "não há alternativa" a esta medida.

“Não admitimos alternativas, o que menos necessitamos neste momento é de perder tempo. O 'lay off' simplificado está experimentado, teve bons efeitos na covid, não há que inventar a roda."

A CIP reivindica ainda ao governo mais cinco medidas, que vão do plano fiscal ao crédito:

- Recurso aos 11,5 mil milhões já aprovados por Bruxelas, no âmbito do PRR;

- Alívio fiscal

- Redução das tarifas de gás e de eletricidade através do Fundo Ambiental, ou outros;

- Admissão da necessidade, sobretudo no gás, de se recorrer ao défice tarifário

- Apoios diretos às empresas mais expostas à concorrência externa e com elevadas dependências energéticas

A CIP está a fazer um levantamento do impacto da alta dos preços das matérias primas e da energia nas empresas. Para já, António Saraiva alerta que já existem indústrias com actividade suspensa, na siderurgia, ou reduzida, nos sectores têxtil, cerâmica e vidro. “Aquilo que nos têm sinalizado através das associações é que se nada for feito até ao fim do mês podem encerrar as suas atividades“, avisa.

António Saraiva foi ainda confrontado com alguns nomes que estão a ser avançados para o governo, como Fernando Medina, nas Finanças, ou António Costa e Silva, na Economia. “São pessoas conhecedoras, com potencial para fazerem um bom serviço num novo governo, mas a CIP não discute pessoas, discute políticas”, disse.

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