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Christine Lagarde

Presidente do BCE. O euro tornou os europeus "mais fortes" contra as crises

31 dez, 2021 - 17:25 • Lusa

Christine Lagarde lembra que a moeda única tem "desempenhado um papel fundamental na coordenação da resposta na Europa" desde o aparecimento da pandemia, sobretudo para assegurar as condições de apoio aos setores mais fortemente afetados pela Covid-19.

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O euro tornou os europeus "mais fortes" a lidar com as crises económicas, defendeu esta sexta-feira a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, dando como exemplo a resposta europeia na pandemia de covid-19.

"Não há dúvida de que somos mais fortes graças ao euro", escreveu Christine Lagarde num artigo de opinião publicado em alguns jornais europeus, nomeadamente o Frankfurter Rundschau (Alemanha), o Corriere della Sera (Itália) e o La Provence (França), por ocasião das celebrações do 20.º aniversário da moeda comunitária, assinalado no sábado.

Há 20 anos, 12 Estados-membros, entre os quais Portugal, abdicaram das respetivas moedas para adotar o euro, considerado um símbolo da unidade europeia, apesar das diferenças entre as diversas economias.

Ao longo de duas décadas, o euro enfrentou graves crises e a própria sobrevivência da moeda chegou a ser colocada em causa, mas a líder do BCE mostrou-se convencida de que "os recentes choques económicos teriam sido ainda mais difíceis sem a estabilidade e integração que o euro deu" ao mercado único.

O euro tem "desempenhado um papel fundamental na coordenação da resposta na Europa" desde o aparecimento da pandemia, segundo Christine Lagarde, que lembrou o trabalho do BCE para assegurar as condições de financiamento da economia face à necessidade de apoiar vários setores que ficaram fortemente afetados com a covid-19.

A presidente do BCE afirmou também que a instituição está a trabalhar "incansavelmente" para "proteger as notas contra a contrafação" e que é seu dever "estudar possíveis formas complementares de pagamento, como o euro digital".

Em julho, o BCE anunciou o lançamento de uma fase de trabalho com vista à introdução do euro digital no prazo de cinco anos, em resposta à crescente desmaterialização dos pagamentos e à proliferação de criptomoedas.

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