Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Ministro do Ambiente

Todos os trabalhadores da Central do Pego "estarão empregados num ano"

30 nov, 2021 - 07:10 • Sandra Afonso , João Malheiro

Central encerra esta terça-feira. João Matos Fernandes defende que se trata de "um duplo bom negócio" para os portugueses.

A+ / A-

O ministro do Ambiente e da Transição Energética acredita que todos os trabalhadores da Central do Pego, que encerra esta terça-feira, "estarão empregados num ano".

À Renascença, João Matos Fernandes diz que o Governo vai "pagar todos os salários de quem aceitar o projeto de requalificação profissional" e que há outras oportunidades de emprego.

"Sei de uma empresa da região que está a precisar de 100 trabalhadores", exemplifica.

Sobre o encerramento da Central do Pego, o governante diz que é um duplo bom negócio. "A central custava 100 milhões de euros a todos os portugueses. Agora, os custos que prevemos é de 3 milhões de euros ano. 3% do que os portugueses pagam hoje."

"E tem outro ganho público. Se não conseguirmos formar pessoas no prazo de seis meses e um ano, estaremos a inibir que projetos industriais aí se localizem. Não podemos perder esses projetos industriais", defende.

A Trust Energy, principal acionista da Tejo Energia, “não desistiu do projeto” de reconversão apresentado ao Governo para a central do Pego, em Abrantes, que deixou de produzir a partir do carvão.

O projeto, apresentado em julho, passa por reconverter a central a carvão do Pego num Centro Renovável de Produção de Energia Verde, projeto que, de forma faseada, implicaria um investimento de 900 milhões de euros, anunciou à Lusa a empresa, em maio passado.

A Central Termoelétrica do Pego é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035.

Apesar de renovada tecnologicamente há poucos anos para ser menos poluente, e mesmo com a subida galopante dos preços da energia (no mercado ibérico subiu, em menos de um ano, de 30 euros por MWh para 281 euros), o Governo manteve a sua decisão política de encerrar a central a carvão, abrindo um concurso público, que está a decorrer até 17 de janeiro, para a atribuição do ponto de ligação à rede elétrica.


Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    30 nov, 2021 Lisboa 12:36
    No dia em que Portugal, armado em "Bom Aluno", fecha a central do Pego, a Espanha aqui ao lado reabre uma central a carvão parada à anos. E a India, com 120 centrais destas, já avisou que só as fecha até 2070. Nós? Nós os "Bons Alunos", vamos importar e pagar eletricidade, quando os ventos soprarem com pouca força ou os dias estiverem encobertos ...

Destaques V+