Tempo
|
A+ / A-

Governo leva proposta de atualização do salário mínimo à Concertação Social dia 16

10 nov, 2021 - 12:38 • Lusa

A+ / A-

A ministra do Trabalho disse nesta quarta-feira à Lusa que o Governo vai levar a proposta de atualização do salário mínimo nacional à discussão na próxima reunião da Concertação Social, no dia 16 de novembro.

"Vamos apresentar aos parceiros sociais, no próximo dia 16, na Concertação Social, a proposta relativamente ao salário mínimo, para discussão com os parceiros da proposta do Governo", afirmou a ministra Ana Mendes Godinho.

A governante destacou a "importância" que têm a "participação ativa e o diálogo social ativo, em sede de Concertação Social, que o Governo valoriza muitíssimo".

De acordo com a convocatória do Conselho Económico e Social, a reunião tem como ordem de trabalhos "discussão sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida para 2022" e outros assuntos.

O primeiro-ministro garantiu, numa entrevista à RTP, na segunda-feira, que os salários dos funcionários públicos vão ser atualizados, apesar do "chumbo" do OE2022 em 27 de outubro e da dissolução do Parlamento e consequentes eleições legislativas antecipadas, a realizar em 30 de janeiro de 2022.

"Vamos fazer tudo o que é normal fazer: subida do salário mínimo, atualização dos salários [da função pública], atualização das pensões. Quanto aos outros compromissos, como a atualização extraordinária das pensões, a redução do IRS, a criação das novas prestações sociais, designadamente do combate à pobreza infantil, todas essas medidas extraordinárias ou novas medidas, incluiremos no programa eleitoral com o compromisso de as aplicarmos retroativamente ao dia 1 de janeiro", frisou António Costa.

As confederações patronais manifestaram-se disponíveis, na terça-feira, para retomar a agenda de trabalhos da Concertação Social, nomeadamente a discussão do aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 2022.

"A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na sequência da audição com Sua Excelência o Presidente da República e da recente reunião com o Senhor Primeiro-Ministro, estão disponíveis para retomar, dentro do atual contexto político, a agenda de trabalhos da Comissão Permanente da Concertação Social (CPCS), designadamente a discussão sobre o aumento do salário mínimo para o próximo ano", segundo um comunicado sobre a posição conjunta das quatro confederações patronais.

CAP, CCP, CIP e CTP consideraram, porém, que, para uma efetiva discussão da atualização do SMN, "é fundamental que o Governo apresente os fundamentos económicos que suportam a referida proposta".

O Governo vai propor aos parceiros sociais um aumento do SMN dos atuais 665 euros para os 705 euros em 2022, tal como confirmou esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista à RTP1.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    10 nov, 2021 Lisboa 14:18
    Atualizar, não apenas o salário mínimo, mas todos os outros, uma vez que o criminoso Patronato só aumenta o salário minimo porque a isso é obrigado, mas mantém ou mesmo diminui todos os outros salários. E depois queixam-se que não encontram gente (escravos) para trabalhar (por bolotas). E depois aparecem anúncios a pedir arquitetos e engenheiros e a oferecer entre 800 a 1000€ brutos - com os descontos tirem-lhes 35% - de "salário" (esmola). E depois admiram-se de mão-de-obra qualificada emigrar para onde lhes pagam e por cá ficarem aqueles não qualificados para apanhar fruta e servir à mesa.

Destaques V+