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Concertação social

Governo quer quatro renovações como limite máximo para contratos temporários

06 out, 2021 - 14:11 • Lusa

A medida é avançada no âmbito da discussão da Agenda do Trabalho Digno. Está ainda prevista a criminalização do trabalho totalmente não declarado e o impedimento do recurso ao "outsourcing".

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O Governo propôs nesta quarta-feira aos parceiros sociais avançar com um limite máximo até quatro renovações dos contratos temporários, contra as atuais seis, no âmbito do combate à precariedade.

A medida consta de um documento distribuído na concertação social pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no âmbito da discussão da Agenda do Trabalho Digno.

No documento, o Governo indica que pretende "tornar mais rigorosas as regras para renovação dos contratos de trabalho temporário, aproximando-as dos contratos a termo, estabelecendo como limite quatro renovações".

Segundo o Código do Trabalho, as renovações dos contratos temporários têm atualmente um limite máximo de quatro.

O documento apresentado nesta quarta-feira, atualizado após as negociações realizadas nas últimas semanas com os parceiros sociais, mantém prevista a criminalização do trabalho totalmente não declarado e o impedimento do recurso ao "outsourcing" por empresas que tenham promovido despedimentos coletivos e despedimentos por extinção do posto de trabalho, no período subsequente ao despedimento.

No âmbito da Agenda do Trabalho Digno, o Governo avança ainda com incentivos à partilha entre homens e mulheres do gozo das licenças parentais, com o aumento das bolsas dos Estágios Ativar.pt para candidatos licenciados para 878 euros, "já em 2022", bem como o reforço da negociação coletiva através de incentivos e condições de acesso a apoios públicos.

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  • Digo
    06 out, 2021 Eu 16:26
    Isso serve para quê? Despedem os tipos ao fim dos 4 contratos e uma semana depois, recontratam-nos para mais 4 rondas de precariedade, e eles, com contas para pagar e sabendo que os Tribunais de Trabalho demoram anos a resolver uma queixa, alinham na patifaria. Têm é de passar obrigatoriamente ao quadro, desde que o posto seja permanente e a Empresa precise deles.

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