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Carteira de imóveis herdada do BES era "má, velha e ilegal", diz presidente do Novo Banco

15 set, 2020 - 16:28 • Sandra Afonso

António Ramalho, que está a ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, sublinha ainda que vender estes imóveis um a um, implicava arrastar o processo por mais de 20 anos. O gestor acredita que será provado que o processo de alienação foi o adequado e o preço justo. O Novo Banco desmentiu ainda, esta tarde, que o diretor de auditoria tenha saído por divergências.

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Com tantas críticas às vendas a preços de saldos dos imóveis herdados do BES, o presidente do Novo Banco lembra agora no Parlamento que a herança não era assim tão boa. Nas palavras de António Ramalho, o que tinham para vender era uma carteira de imobiliários "má, velha e ilegal".

António Ramalho anunciou ainda que já chegou o parecer independente, pedido pelo banco a uma consultora internacional, para avaliar a venda e espera esclarecer de uma vez que o negócio foi justo e adequado.

O Presidente do conselho de administração do Novo Banco lembra ainda que não foram os únicos a vender imóveis em pacote, com prejuízo, outros bancos fizeram o mesmo, e que não tinha 20 anos para vender os activos à unidade.

O Ministério Público disse recentemente que não encontrou provas que sustentem a venda de activos ao desbarato. Uma investigação desencadeada após uma carta enviada pelo primeiro-ministro, António Costa, à Procuradoria-Geral da República, a pedir que as operações fossem analisadas, na sequência de uma denúncia do presidente do PSD.

Novo Banco desmente que diretor de auditoria tenha saído por divergências

A notícia é avançada hoje pelo jornal Público, que cita fontes do banco. Segundo o diário, Luís Seabra terá deixado a direção de auditoria interna na recta final da auditoria da Deloitte, alegadamente "por falta de empenho da administração em ir mais além dos mínimos exigidos pela lei para apurar os últimos beneficiários dos activos vendidos pelo Novo Banco".

Em comunicado, o banco garante que a notícia é falsa e rejeita que Luís Seabra tenha saído por ter "divergido de orientações da gestão".

Segundo o Novo Banco, o ex-diretor abandonou o cargo 60 dias depois de cumprir o período legal de pré-aviso, simplesmente porque aceitou outra proposta de emprego. Uma explicação que já tinha sido dada ao jornal.

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