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Crise no Brasil preocupa empresários, mas com Angola é pior

21 mar, 2016 - 11:22

"Angola sente-se sobremaneira", diz o presidente da CIP à Renascença. Já no caso do Brasil, "não se sente ainda qualquer retracção" nos negócios, em resultado dos recentes episódios da crise que assola o país.

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O Presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, diz que o empresariado português ainda não sente um efeito directo dos mais recentes acontecimentos da crise política no Brasil, embora a instabilidade preocupe.

"Ainda não se sente um efeito negativo, de uma forma vincada, embora a instabilidade que resulta deste episódio de Lula e de Dilma, 'se Dilma sai de presidente, se Lula toma posse ou não toma', seja sempre uma preocupação", diz António Saraiva, em entrevista à Renascença.

"Esta instabilidade política que se vive no país não traz a estabilidade de que os empresários necessitam para desenvolverem as suas actividades", reforça, sublinhando que "não se sente ainda qualquer retracção" nos negócios.

Angola preocupa mais

Diferente é o quadro no relacionamento empresarial entre Portugal e Angola. "Angola sente-se sobremaneira", diz o presidente da CIP, descrevendo "um momento particularmente difícil"

"Angola veio sentindo uma retracção enorme de encomendas, de falta de pagamentos, de conseguir trazer divisas", queixa-se Saraiva, lembrando que "há um conjunto de empresas muito prejudicadas por falta de trabalho e por falta de pagamentos", o que faz com que "um conjunto de pessoas vá ter que regressar a Portugal".

"Há uma enorme dificuldade, para não dizer impossibilidade, de trazer divisas para fora de Angola, o que prejudica gravemente aquelas empresas que lá trabalharam e agora não conseguem honrar os seus compromissos, quer salariais quer com fornecedores", relata.

"A este caso de Angola, vem agora somar-se a esta instabilidade do Brasil para onde também algumas empresas portuguesas estavam a fazer apostas de direccionarem para aí as suas actividades", remata o presidente da CIP.

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  • joao
    21 mar, 2016 lisboa 20:11
    Crise é politica e não economica.... com crise politica,reflete na crise econômica geral

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