Identifica os desafios e as ameaças que a UE enfrenta e que são cada vez mais de natureza híbrida... eventuais conflitos militares mas também campanhas de desinformação, ciberataques ou interferências no espaço.

Ora, a UE tem que ser mais rápida e eficaz a reagir a crises e ameaças, diz o Alto Representante para a Política Externa. Josep Borrell defende por exemplo a criação de uma força de intervenção rápida. "A União Europeia tem que ser capaz de agir de forma mais robusta, rápida e decidida na resposta a crises. Precisamos de ser mais rápidos a tomar decisões, de ser mais flexíveis e de adoptar mandatos mais robustos para nossas missões. É neste contexto que proponho na Bússola Estratégica desenvolver uma capacidade de intervenção rápida da União Europeia".

Trata-se de uma força rápida e interoperável que mobilize até 5 mil militares. Para missões que podem incluir o uso de força.

Por exemplo garantir a segurança de um aeroporto ou a evacuação de civis.

Não só perto das fronteiras externas da União como a nível global, defende a ministra francesa da Defesa Florence Parly. "A capacidade de agir e levar a cabo acções, incluíndo militares, em qualquer lado onde os interesses da Europa estejam em jogo. Isso pode acontecer nas fronteiras da União Europeia, mas não só porque muitas vezes os desafios da Europa estão para além das fronteiras da União Europeia".

O documento final deverá ser aprovado em março durante a presidência francesa do Conselho, sendo esta matéria uma das bandeiras de Emmanuel Macron.

Até lá será necessário esclarecer dúvidas de alguns Estados-membros, sobretudo em relação à forma como vão ser decididas estas missões e em relação à articulação com a NATO.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus