Editado em 2019, pela Tinta-da-China, “Retratos com Erro” do poeta brasileiro Eucanaã Ferraz é o vencedor da primeira edição do Prémio de Poesia de Oeiras. O livro é o primeiro de inéditos que o poeta edita depois de em 2016 ter lançado, em Portugal, uma antologia da sua obra.

Segundo o júri que atribuiu assim o prémio na categoria de “Consagração” a este poeta, a escolha ficou a dever-se à “alta criatividade e capacidade de ironia da poesia de Eucanaã Ferraz, que consegue também estabelecer um diálogo frutífero com a própria literatura em língua portuguesa”.

A concurso estiveram mais de 700 obras, mais de 100 para a categoria de “Consagração”, explica o comunicado da organização a cargo da Câmara de Oeiras. O júri desta categoria foi presidido pelo ex-secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, em representação da autarquia; Patrícia Infante da Câmara (em representação do patrono do prémio) e os escritores Mia Couto, António Carlos Secchin e Fernando Pinto Amaral.

Patrocinado pelo mecenas Carlos Andrade, foi também atribuído um prémio “Revelação” a “A Fagulha”, assinado por Pedro Teias, o pseudónimo do autor português Pedro Nuno Correia Santos Patada.

Este prémio, no valor de 5 mil euros, foi atribuído, segundo o júri devido ao “valor da subtileza e da contenção, a exploração o quotidiano e a ‘solidão que entre si se visita’, através de versos que falam com elegância os diferentes estados da nossa frágil e fugaz condição humana”.

O júri desta categoria foi presidido por João Mendes Rosa, em representação da Câmara Municipal de Oeiras, Patrícia Infante da Câmara (em representação do mecenas), e os escritores Kalaf Epalanga, Ronaldo Cagiano e Jorge Reis-Sá.

Foi ainda entregue uma Menção Honrosa na categoria de “revelação” à obra “A Pressa dos Dias”, do pseudónimo A. de Alencar e cuja identidade corresponde ao brasileiro Sérgio Corrêa Miranda Filho.

Instituído pela autarquia de Oeiras, o Prémio de Poesia visa promover a importância da Poesia e contribuir para o aumento da literacia, a promoção da leitura e a valorização da Língua Portuguesa no espaço Lusófono, privilegiando uma maior proximidade da comunidade.

Nesta primeira edição concorreram 116 obras na categoria “Consagração” e 614 na categoria “Revelação”, de autores de países de Língua Oficial Portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e de São Tomé.

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