Os advogados dos 38 arguidos em prisão preventiva no âmbito da investigação ao ataque em Alcochete, grupo em que não se incluem Bruno de Carvalho e Mustafá, estarão a preparar, de forma concertada, pedidos de "habeas corpus" a apresentar no Supremo Tribunal de Justiça, segundo avança o jornal "Correio da Manhã".

De acordo com o "CM", caso a acusação não saia na quinta-feira, os advogados alegarão detenção ilegal, uma vez que se esgota o prazo máximo de seis meses de prisão preventiva. Já o Ministério Público (MP) pediu que o caso fosse considerado de elevada complexidade, o que alargaria os prazos da detenção preventiva por mais seis meses. No entanto, esse pedido ainda não terá sido deferido.

Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, e Mustafá, líder da claque Juventude Leonina, também são arguidos no processo. As suas audições decorrem esta quarta-feira, no Tribunal do Barreiro.

Os primeiros 38 suspeitos estão indiciados pela prática de crimes de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro, dano com violência, incêndio florestal e introdução em lugar vedado ao público, segundo comunicado do Tribunal do Barreiro.

Bruno está indiciado por 56 crimes, entre eles terrorismo e sequestro, que se relacionam diretamente com o ataque à Academia do Sporting.

Os factos remontam a 15 de maio, quando um grupo de 40 adeptos encapuzados, afetos ao Sporting, invadiram o centro de treinos do clube, em Alcochete, e agrediram vários jogadores e equipa técnica.