A mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting acusa a direção de Bruno de Carvalho de criar "ambiente intimidatório" durante a reunião dos órgãos sociais, de quinta-feira, e de forçar a assinatura de ata fabricada.

O porta-voz do Conselho Diretivo e do presidente do clube, Fernando Cruz, anunciou que a direção liderada por Bruno de Carvalho vai divulgar ata da reunião dos órgãos sociais. Em comunicado emitido esta sexta-feira, o organismo presidido, ainda que demissionariamente, por Jaime Marta Soares fala em pressões para assinar uma ata incorreta.

"A Mesa da Assembleia Geral lamenta profundamente o comportamento do Conselho Directivo, incluindo a tentativa de obrigar os membros dos outros Órgãos Sociais a assinar uma suposta acta da reunião anterior (21 de Maio), sem qualquer correspondência com o que ocorreu no decurso da mesma", pode ler-se no comunicado, em que a MAG "lamenta também profundamente as ameaças e o ambiente intimidatório criado a que foram sujeitos os seus membros e membros demissionários do Conselho Fiscal e Disciplinar nas próprias instalações" do clube de Alvalade.

As negas de Bruno aos "inúmeros pedidos dos sócios"

A mesa da Assembleia Geral lamenta, ainda, que o Conselho Diretivo tenha recusado as propostas feitas durante a reunião, que passavam pela demissão dos seus membros e marcação de eleições para 2 de setembro.

A MAG destaca que "é inequívoca a situação de profunda instabilidade e crescente divisão" do Sporting e que é necessário "repor a normalidade e a coesão", sendo que apenas os sócios têm "legitimidade para apurar a responsabilidade" e escolher a solução mais adequada para o futuro. Daí não poder "ignorar os inúmeros pedidos de sócios" para a realização da assembleia geral de destituição do Conselho Diretivo, a 23 de junho.

A mesa da Assembleia Geral lembra que "apresentou apresentou ao Conselho Directivo uma solução que teria permitido a sua continuidade em funções até novas eleições" e que, considera, "teria evitado qualquer hiato na gestão do clube e mais teria contribuído para limitar os danos resultantes da situação de instabilidade criada nos últimos meses".

A "insistente rejeição por parte do Conselho Diretivo dessa solução" obriga à assembleia geral de destituição. É a solução "que mais respeita a vontade dos sócios" e que "mais rapidamente pode reestabelecer a normalidade", face ao "comportamento do Conselho Directivo" e à sua "reiterada oposição a qualquer outra das alternativas sugeridas".

A MAG garante que continuará a defender "os superiores interesses" do clube, "com toda a independência e imune a qualquer tipo de pressão".