O Cardeal Patriarca de Lisboa passou na manhã deste sábado pelo Meeting Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, e, em declarações à Renascença, elogiou o evento. Trata-se de um encontro anual promovido pelo movimento Comunhão e Libertação, que inclui exposições, concertos, palestras e debates.

D. Manuel Clemente destaca a importância de iniciativas como a que decorre este fim de semana e que é inspirada num encontro semelhante que se realiza desde 2012, em Itália.

“Não é um encontro casual, de toca e foge, como os que hoje relevamos tanto, e em que os millenials também são mais ou menos educados – coisas rápidas, de inputs e outputs. São realidades humanas convividas, apresentadas, também humanamente, com esta única tradução que somos capazes de entender. Por isso gosto muito e que haja mais”, declarou.

O Cardeal Patriarca de Lisboa ressalvou o significado do nome do evento, que exprime que não se trata de algo casual, mas como um sentido total.

“Meeting quer dizer encontro, encontro de muita gente com coisas que é preciso encontrar. Este, com o tema da realidade e esta exposição sobre Job, leva-nos ao cerne do Cristianismo, que é a resposta que Deus nos dá. Não em abstrato mas na pessoa de Jesus Cristo, onde morte, vida e finalmente ressurreição são isso mesmo, um facto que desde há 2000 anos, para aqueles que o conhecem e o seguem, se torna a realidade total”, avaliou D. Manuel Clemente, que evocou ainda S. Paulo.

“Os Colossenses estavam muito cheios de divagações, eram os vilões da altura, e Paulo escreve a dizer-lhes: ‘Deixem-se de fantasias, a realidade é Cristo’. Este meeting vai todo nesse sentido e vai muito bem, porque é a única coisa e a coisa total que enquanto cristãos temos para partilhar”, afirmou.

“Quem me dera ouvir de alguém a voz a humana” é o mote para o encontro deste ano do Meeting Lisboa, iniciativa que decorre até domingo, no Pavilhão Carlos Lopes, ao Parque Eduardo VII.